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CULTURA

Circo da Alegria vai mostrar o Circo no Velho Oeste

O espetáculo será uma das atrações especiais da XVII Mostra de Circo Social e X Festival Nacional de Circo de 20 a 24 de novembro, em Toledo
15/11/2023 - 21:02
Por Assessoria


O espetáculo “O Circo no Velho Oeste”, do Circo da Alegria, será uma das atrações especiais da XVII Mostra de Circo Social e X Festival Nacional de Circo de 20 a 24 de novembro, em Toledo. O espetáculo será na quarta-feira, 22, às 20h, no Teatro Municipal de Toledo, com acesso livre mediante a retirada antecipada dos ingressos. Ele começou a ser pensado ainda no ano passado ao final da Mostra, considerando as peculiaridades do período e do grupo de alunos. ”A gente vinha de um período pós-pandemia, de isolamento das pessoas e de desestruturação dos grupos, tanto os do rendimento com maior repertório, como de iniciação, dos novatos. Pensamos em algo divertido, mas que também não exigisse muito do grupo”, esclareceu a diretora do espetáculo e da coordenação da Mostra e Festival, Paula Bombonatto. “Mas o grupo cresceu muito e o espetáculo vai ficar lindo” ressaltou ela, que assume a coordenação de todos os detalhes, incluindo tema, coreografias, cenários e figurinos. “É bastante coisa, muito cansativo, mas é muito gratificante ver o resultado final. Mas é um trabalho para quem não se acomoda no conformismo”, afirma. 

O espetáculo estreia na Mostra e será levado ao longo do ano para festivais e outros eventos a serem definidos. “A gente fica com este espetáculo, até a montagem do próximo para a Mostra de 2024”. Inicialmente Paula chegou a questionar se a proposta era adequada a este momento, tendo em vista vários casos de violência registrados nas escolas. Avaliando melhor, ela resolveu manter, até como forma de despertar o interesse dos alunos e abordar a questão da violência nas escolas. Ela acredita que através das discussões dos problemas eles podem ser prevenidos ou resolvidos. Além disso, completou ela, os alunos não usam armas, mas os instrumentos circenses para os duelos e disputas. “É um show muito divertido, contemporâneo, que exige bastante técnica dos alunos e recursos cênicos, aproveitando as orientações de uma professora de teatro que passou a integrar a equipe. No espetáculo, as armas são os malabares, os cavalos são representados pelos monociclos,  as disputas são as acrobacias e as danças do cancan são as contorções feitas pelas meninas”. Como não tem falas, as coreografias tem que ser bem claras para que o público consiga entender a história que está passando. 

O elenco é formado por todos os alunos do projeto, desde os iniciantes aos mais velhos, na faixa etária dos 8 aos 19 anos. O envolvimento do grupo é intenso, em praticamente todas as cenas. “Ou eles estão fazendo um número ou estão compondo a cena no palco. Vamos ter que deixar umas garrafas de água em cena, pois não vai dar tempo sequer para sair para beber água”, brinca. 

O processo de criação de Paula é bem amplo. Ela começa com a pesquisa sobre o tema e em seguida já vai definido o figurino e os cenários, a partir de estudos de tecidos, estilos, músicas, filmes entre outros materiais. “Precisamos pensar em tudo para não definir uma roupa que possa trazer dificuldades no desenvolvimento do número”, explica. O mesmo ocorre com os cenários e outros adereços. Ela também gosta de envolver os alunos no processo, para que eles participem, tragam sugestões, conheçam e aprendam como fazer. “A gente não vai estar aqui para sempre. Precisamos preparar outras pessoas para que deem sequência ao trabalho”, acrescenta ela, trazendo à tona uma preocupação dela e do coordenador Dado Guerra com relação a continuidade das ações do projeto Circo da Alegria, justamente agora que ele foi tombado como patrimônio histórico do município. 

Ao todo o espetáculo terá em torno de 10 números, envolvendo duelos, quadrilhas, o xerife, a filha do xerife que será sequestrada e diversos palhaços com diferentes perfis de faroeste, entrelaçando os números. “Como não temos falas e material de apoio que possa contar um pouco a história, tudo tem que estar bem explicito para que o público entenda o que está se passando. Mas com certeza, quem for ver o espetáculo vai se divertir muito. Todos estão muito engajados. O show é deles e eles querem fazer o melhor para mostrar para o público”. 

A XVII Mostra de Circo Social e X Festival Nacional de Circo estão sendo realizados em Toledo com recursos da Lei de Incentivo à Cultura e patrocínio da  John Deere - M A Máquinas e Estrada Distribuidora de Combustíveis Dall Óglio. Conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Toledo, Secretaria da Educação, Secretaria da Cultura, Circo da Alegria, Funarte, Design Cultural Trintra & Um, Sand Paper, Enclo - Escola Nacional de Circo Luiz Olimecha, BWA, Rosenberger Formaturas, Pingos D' Arte, Locação Nacional, Carbox Band, Banda Sameoldsay, Escola Municipal Anita Garibaldi  

Realização: Circo Ático, Ministério da Cultura, Governo Federal - União e Reconstrução 

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