“Começamos o trabalho no papel, os alunos fazem as ilustrações ou escolhem imagens em revistas, depois elas são digitalizadas e transformadas nos programas de edição”, explica o criador e coordenador do projeto, professor Neimar Proença. Para isso os alunos utilizam uma mesa digitalizadora. Ao todo o colégio possui nove mesas, compradas pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, somando um investimento de aproximadamente mil reais.
Participam do projeto dez alunos, que se encontram no laboratório de informática todas as quintas a tarde. De acordo com Neimar, continuam aqueles que se identificam e levam a sério o projeto. “Os alunos são responsáveis por instalar, limpar e guardar novamente as mesas em cada aula, eles também possuem uma senha própria nos computadores, que deve ser usada com responsabilidade, para que possam ter livre acesso aos programas específicos usados na aula”, diz o professor.
Para os alunos, uma oportunidade de aprender algo novo e se expressar através da arte visual. “Eu nunca mexi com esse tipo de programa, mas sempre quis fazer um curso. Aí apareceu a oportunidade no Colégio e eu encarei”, relata a aluna Fernanda Caroline, do 1º ano do Ensino Médio. “É uma oportunidade pra gente demonstrar a nossa criatividade, também aprender a ser disciplinado e ter paciência”, completa.
O aluno do 3º ano do Curso Técnico em Administração (ADM), Lucas Jorge Martins, começou no Papel de Bala para ocupar o tempo livre e foi se interessando cada vez mais pelas aulas. “Sempre fui muito ligado a arte, faço pintura em tela, tecido e grafite. Quando entrei no projeto vi que a ilustração digital também é muito interessante”, contou. Colega de Lucas e Fernanda no projeto, o aluno Daniel Felipe da Silva, do 2º ano de ADM, comenta o que as aulas do projeto lhe trouxeram neste ano: “Aprendizagem, criatividade, integração com os colegas. Acho legal também porque a gente aprende a mexer nos programas, manipular as imagens. Eu mexia em casa, mas só com algumas edições pequenas”, disse.
O professor Neimar afirma que o Papel de Bala trouxe um novo olhar para os alunos. “Quando eles olham uma revista velha, já não vêem mais lixo. E quando olham para a capa ou as fotos nela, não vêem apenas as imagens de celebridades. Eles vêem cores, formas, texturas, e no que pode se transformar essa imagem”, comenta, confessando que os alunos não foram os únicos que aprenderam com a ilustração digital, “Eu também tive que correr atrás para aprender esses novos recursos”, finalizou.
Exposição
Quem se interessar em conhecer de perto o trabalho realizado pelos alunos no Papel de Bala, pode conferir algumas obras na exposição do projeto, que será realizada nos dias 06 a 19 de setembro, no hall de entrada do Teatro Municipal de Toledo.
Da Assessoria
