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EMPREGO

Primeiros migrantes venezuelanos chegam em Ampere para solucionar ausência de mão de obra na indústria local

O movimento teve auxílio do Programa Oeste em Desenvolvimento e da Operação Acolhida, além do apoio dos empresários locais e o envolvimento da sociedade organizada.

24/05/2024 - 18:24
Por Assessoria


A pujança da indústria local e ausência de trabalhadores para ocupar as vagas das mais diferentes frentes de trabalho, levou a cidade de Ampere a buscar saídas para manter seu crescimento e desenvolvimento. Incentivar a vida de um grupo de migrantes foi o caminho encontrado pelo grupo depois de um intenso planejamento e da articulação de uma rede de apoio e atendimento. Os primeiros venezuelanos chegaram neste sábado (18) e foram recebidos com alegria pela comunidade local.

Um grupo de empresários visitou o Oeste do Estado e conheceram a experiência bem-sucedida da contratação de mão de obra de pessoas vindas de outras regiões. O contato gerou uma intensa troca de experiências. A Operação Acolhida, desenvolvida pelo Exército Brasileiro e outras forças de paz auxiliou nas tratativas e na locomoção dos trabalhadores. A base da operação fica em Boa Vista e Pacaraima, na divisa com a Venezuela, país que amarga uma das piores crises da sua história, levando seus cidadãos a um processo de migração forçada em busca da subsistência.      

O presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento e CEO da Fiasul, Rainer Zielasko, esteve pessoalmente em Ampere com sua equipe e realizou a sensibilização dos empresários e gestores da cidade. “A falta de mão de obra é algo que apenas uma Região que já venceu enfrenta. O desafio agora é solucionar esse problema de forma ordenada, planejada e ofertando oportunidades para quem precisar. Estamos dispostos a compartilhar nossa experiência com todos aqueles que entendem que nossas empresas podem ser decisivas nestes momentos para a sociedade e em especial para ofertar oportunidades para aqueles que precisam deixar seus Estados e Países em busca de trabalho e segurança”, destacou o presidente que conta com um motivo muito especial para preocupar-se com a causa migratória. Zielasko é filho de um migrante alemão que precisou deixar seu país na pior crise que a Alemanha viveu, pós guerra e durante uma miséria intensa. 

O grupo que chegou em Ampere foi acolhido em um alojamento organizado e planejado pelos empresários locais, Rhs das empresas, igreja católica, poder público e sociedade civil. Uma demonstração de solidariedade e apoio da comunidade local. Tiveram suas integrações nas empresas na segunda feira (20) e logo estarão em casas individuais com suas famílias.

Embaixadores da esperança: Conheça as e empresas que são protagonistas nas contratações de migrantes que buscam uma chance para recomeçar

Ampere passou os últimos meses em planejamento e preparativos para receber os novos trabalhadores. Um alojamento foi montado com muito carinho e a comunidade se envolveu nos preparativos. A cidade que tem um arrojado e amplo parque industrial, conduziu de forma humana e exemplar o processo de interiorização, igreja católica, clubes de serviços, grupos da comunidade foram essenciais para que o setor produtivo obtivesse êxito em toda a ação. A preocupação em receber bem e de forma sustentável foi norteadora na missão.

O Prefeito Zuca Luquini, destacou que o município vem enfrentando uma severa falta de trabalhadores e que todas as tentativas de preencher essas vagas com pessoas da região não foram suficientes. “Chegou o momento de trabalharmos juntos e integrar a mão de obra venezuelana e garantir que eles tenham um recomeço aqui e ao mesmo tempo auxilie no setor produtivo com sua força de trabalho”, disse o prefeito que colocou a rede pública a disposição para facilitar a acolhimento e a inclusão dos migrantes no mundo do trabalho. 

Leonardo Krindges representando da empresa Krindges, lembrou que muitos dos habitantes de Ampere são descendentes direitos de quem também migrou para o Brasil. “Estamos oportunizando o recomeço que nossos país e avós receberam. É uma honra poder participar deste momento de integração dos povos e também de apoiar eles nessa retomada de suas vidas. “Precisamos de trabalhadores, mas ao mesmo tempo podemos ofertar um trabalho seguro e a possibilidade de morar em uma cidade que fará de tudo para que sejam felizes e realizados em nossa comunidade”, destaca. 

Leocir Marafon em nome da empresa Movelmar deu boas vindas aos novos trabalhadores e destacou a importância da ação conjunta que possibilitou a vinda dos migrantes venezuelanos. “Nossa cidade cresceu e o setor produtivo é um grande exemplo disso. No passado ofertamos trabalho para todos os nossos moradores e pessoas que vieram de outras regiões. Com o passar do tempo e desenvolvimento alçou voos bem maiores e hoje é possível oportunizar essas vagas para aqueles que buscam pelo mundo uma oportunidade. Sem dúvidas, nos sentimos realizados em gerar emprego, renda e oportunidades”, declarou Leocir Marafon.

Aristani Angonese integrante da empresa Notável, contou que a mão de obra migratória não é novidade em sua empresa. “Temos ótimos resultados, vendemos para vários países do mundo e é justo que possamos também oportunizar trabalho para outros países. Nosso crescimento requer um grande número de postos de trabalho e ficamos felizes em contar com pessoas que chegam com boa formação e muita vontade, assim como nos brasileiros que todos os dias trabalhamos para construir o melhor para nossas famílias e para o nosso país”, declara.

Ronald Torres é um do migrante venezuelano recebido em Ampere pelo grupo de empresários. “Eu deixei meu país em busca de oportunidade de trabalhar e recuperar minha vida. Todos nós somos gratos ao Brasil e em especial ao seu povo que nos permite entregar nosso profissionalismo e ao mesmo tempo permitem que juntos possamos recomeçar nossas vidas em segurança, longe de tudo que acontece em nossa pátria nesse momento”, finaliza em agradecimento.  

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