A informação foi prestada por técnicos da DM Construtora de Obras, responsável pela construção da usina, em visita técnica feita pelo prefeito de Toledo, José Carlos Schiavinato; pelo presidente da Câmara, Renato Reimann; o vereador Luís Fritzen; e, secretários, atendendo convite da empresa. As autoridades percorreram o canteiro de obras e visitaram a central de operações da Usina, que está recebendo os ajustes finais para o início do funcionamento.
O reservatório, que deverá fornecer a água necessária para a movimentação das turbinas e geração de energia, começou a ser formado no dia 27 de outubro e deverá ser concluído até o final da próxima semana. A ocupação do reservatório está sendo feita de forma controlada, mas as chuvas contribuíram para acelerar o processo. “Nesta semana foi feita uma interrupção técnica para que pudessem ser feitos todos os ajustes necessários”, explicou a engenheira ambiental Roberta Miguel Kiska. Segundo ela, este processo é bastante criterioso, tanto para o controle dos animais como para fiscalização e controle de fissuras, ajustes de máquinas, entre outras questões estruturais referentes à construção da usina.
Durante o processo de enchimento do reservatório foram resgatados 125 animais, entre rãs, ratos, sapos e cobras, que foram colocadas em áreas de soltura, em Cerro da Lola, conforme definido com o IBAMA e outros órgãos ambientais. Por conta dos cuidados na formação do reservatório, as visitas ao local estão suspensas. “Antes estávamos atendendo a grupos, com agendamento prévio. Por enquanto, estas visitas estão suspensas, pois não temos pessoal específico para atendimento dos visitantes”, explica.
Segundo ela, caberá a empresa geradora – a Gênesis Energética S.A. – definir, como empresa privada, o interesse e a viabilidade de permitir ou não visitas à usina.
Atualmente, cerca de 160 funcionários diretos e 45 terceirizados ainda atuam na obra, que no auge chegou a contar com 350 colaboradores, a maioria deles contratados do município de Ouro Verde do Oeste. O contrato de execução da obra, entre as suas exigências, previa a contratação de 70% dos funcionários de mão-de-obra local, como forma de gerar empregos na região. Depois de pronta, no entanto, serão necessários apenas 15 funcionários para a operacionalização do sistema. A energia gerada na empresa deverá ser entregue à subseção da Copel para distribuição de energia, conforme a necessidade.
A PCH São Francisco é um investimento privado – da Genesis Energética S.A. – que deverá fornecer energia à Copel, encarregada da distribuição. A obra foi iniciada em 2002, mas ficou fechada até 2008, quando foi assinado um termo de ajuste de conduta, o que possibilitou a retomada das atividades em janeiro de 2009. Para a construção da usina, explica Roberta, foram adquiridas 38 propriedades, que serviram para a formação do reservatório e definição de uma área de preservação permanente de 100 metros em torno. Para a recuperação e preservação das áreas, informa ela, já foram plantadas 30 mil mudas de espécies nativas e outras 18 mil deverão ser plantadas na recuperação do canteiro de obras, conforme definido em conjunto com órgãos ambientais, responsáveis pela fiscalização. Ao longo de todo o processo de construção foram feitos estudos de fauna e flora, visando a preservação e recuperação do meio ambiente, conforme projetos definidos e aprovados junto aos órgãos ambientais para a construção da usina.
Da Assessoria - Toledo
