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ECONOMIA LOCAL

Custo da Cesta Básica Cai em maio em Toledo após três meses de alta

 Pesquisa da Unioeste revela redução de 2,51% nos preços em maio, porém no acumulado de 2025 a alta é de 8,57% 
23/06/2025 - 09:48
Por Redação


Após três meses consecutivos de aumento, o custo da cesta básica em Toledo (PR) registrou queda de 2,51% em maio de 2025, segundo o relatório mensal do Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Unioeste. O valor da cesta individual caiu de R$697,67 em abril para R$680,13 em maio. A familiar, composta por alimentos para uma família de quatro pessoas, também apresentou retração, passando de R$2.093,02 para R$2.040,39.

Essa queda significou uma leve melhora no poder de compra: o trabalhador que recebe um salário mínimo (R$1.518,00, com líquido de R$1.404,15) precisou de 98 horas e 34 minutos de trabalho para adquirir a cesta básica individual — cerca de 44,8% de sua jornada mensal. Em abril, eram 101 horas e 07 minutos (49,69% do salário). Já a cesta básica familiar segue inacessível para quem ganha um salário mínimo, exigindo 145,31% da renda líquida.

Comparativo Anual e Tendências


No acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2024 a maio de 2025), houve aumento de 4,21% no valor da cesta. Já no acumulado de 2025, a alta é de 8,57%. Desde o início da pesquisa, em abril de 2021, o custo da cesta subiu 39,20%.

Os dados demonstram forte volatilidade nos preços. Em maio, seis produtos tiveram aumento, com destaque para a batata (23,37%), pão francês (8,64%) e farinha de trigo (4,32%). Por outro lado, sete itens ficaram mais baratos, com destaque para o tomate (-21,19%), arroz (-6,60%) e banana (-5,57%).

A carne, que representa aproximadamente 40% do valor total da cesta, teve queda de 2,47% no mês, contribuindo significativamente para o recuo geral, ao lado do tomate. Apesar disso, o preço da carne acumula alta de 22,53% em 12 meses.


Comparações Regionais e Salário-Mínimo Ideal


Na comparação com outros municípios e capitais, o custo da cesta básica em Toledo foi maior que em Recife, Pato Branco, Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, mas inferior ao de Cascavel (R$689,71), Curitiba (R$791,39), e São Paulo (R$896,15) — esta última apresentando um valor 31,76% superior ao de Toledo.

Para que uma família pudesse arcar com todas as despesas mensais, o salário-mínimo necessário em Toledo, segundo a metodologia do DIEESE, seria de R$5.713,77 — valor 3,76 vezes superior ao salário-mínimo atual. 

Inflação e Conjuntura


O relatório também apontou que, apesar da queda da cesta, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em maio, com inflação acumulada de 2,75% no ano. No Paraná, o Índice de Preços Regional (IPR) teve alta de 1,03% no mês, refletindo pressão nos alimentos e bebidas.

Fatores Sazonais e Econômicos


A redução do custo da cesta básica foi atribuída a fatores sazonais e de oferta. Já os aumentos estão ligados à entressafra do trigo e à conjuntura macroeconômica — incluindo clima, câmbio e juros.

A pesquisa da cesta básica é conduzida mensalmente há 50 meses em Toledo e se consolidou como ferramenta essencial para o acompanhamento do custo de vida da população local, em especial dos trabalhadores de baixa renda.

Fonte: Relatório de Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos – Toledo/PR, maio de 2025 – Unioeste/NDR. 

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