No Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF) é composto por cinco indicadores: Receita Própria, Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida, o índice tem como base de dados as estatísticas oficiais disponibilizadas anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional, constituídas por informações orçamentárias e patrimoniais prestadas pelos próprios municípios. A leitura do IFGF é simples: a pontuação varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, melhor a gestão fiscal do município no ano em observação.
Os municípios brasileiros receberam os conceitos A (gestão de excelência, acima de 0,8001 pontos), B (boa gestão, entre 0,6001 e 0,8), C (gestão em dificuldade, entre 0,4001 e 0,6) ou D (gestão crítica, inferiores a 0,4 pontos).
No IFGF geral Toledo ficou com 0,836 – conceito A; receita própria 0,7868 – conceito B; gasto com pessoal 0,6336 – conceito B; Investimento 1 ponto – conceito A; Liquidez 0,9668 – conceito A; custo da dívida 0,7389 – conceito B. No Paraná, Toledo está atrás de Maringá, Pinhais e Cascavel na classificação geral dos municípios.
O que os indicadores Firjan apontam é que a Lei de Responsabilidade Fiscal e o acompanhamento do Tribunal de Contas tem sido importantes aliados dos gestores municipais, o que qualifica o desempenho das administrações.
Já o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal oferece outro retrato, o da qualidade dos investimentos feitos pelos gestores, pois acompanha a evolução socioeconômica dos municípios brasileiros.
Com periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento – Emprego & Renda, Educação e Saúde – e utiliza-se de estatísticas oficiais municipalizadas divulgadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.
Em 2011, os dados oficiais mais recentes disponíveis são de 2009. O estudo começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com precisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de medidas políticas ou apenas o reflexo da queda de outro município. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 (máximo) para classificar o nível de cada localidade. Os critérios de análise estabelecem quatro categorias: baixo desenvolvimento (de 0 a 0,4), desenvolvimento regular (0,4001 a 0,6), desenvolvimento moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto desenvolvimento (0,8001 a 1).
No índice geral do IFDM Toledo ficou com 0,7611- desenvolvimento moderado, pouco acima da média nacional que ficou com 0,7603. Saúde com 0,8545 e educação 0,8406 considerado alto desenvolvimento. No entanto, o que chama a atenção é o desempenho na área geração de emprego e renda, pois o índice de Toledo ficou 0,5882 – conceito considerado desenvolvimento regular. No comparativo com o estado no quesito emprego e renda o Paraná conquistou o terceiro lugar nacional com 0.8022 (alto desenvolvimento), ou seja, o desempenho do município ficou mais de 36% menor do que o do estado.
No comparativo dos indicadores da Firjan base 2008 e 2009, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal - IFDM geral, Toledo teve desenvolvimento negativo em (-6,3%), em educação e saúde os índices de desenvolvimento foram positivos 3,2% e 2,5% respectivamente. No entanto, o desempenho de emprego e renda despencou e registrou desenvolvimento negativo de (-25,4%).
No comparativo das bases 2008/2009, o IFDM geral de Toledo foi negativo (-6,3), enquanto Foz do Iguaçu e Cascavel obtiveram resultados positivos 4,3% e 1%, respectivamente. Emprego e renda Toledo teve desenvolvimento negativo em (-25,4%), enquanto Foz do Iguaçu cresceu 4,8% e Cascavel 0,3%. Educação e saúde os três municípios obtiveram desenvolvimento positivo: Em saúde Toledo obteve 2,5%, Foz 2,0% e Cascavel 1,1%. Educação Toledo cresceu 3,2%, Foz 6,7% e Cascavel 1,8%.
Por Selma Becker com informações da FIRJAN