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SAÚDE

Ex-secretária da saúde diz que o número de equipes do Programa da Saúde da Família é um dos responsáveis pelo baixo desempenho de Toledo no IDSUS

Em março deste ano, o Ministério da Saúde divulgou o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS), um indicador que mediu a eficácia da atenção básica de saúde, a atenção ambulatorial e hospitalar, bem como os atendimentos de urgência e emergências. No ranking, Toledo obteve o segundo pior indicador do estado e da 20ª Regional de Saúde, conforme a Casa de Notícias divulgou na época (veja o Link). O índice obtido pelo município foi de 4,48 numa escala que vai até 10 pontos. Desde então, entre as opiniões sobre as causas do baixo desempenho do sistema de saúde municipal, está o pouco investimento na saúde preventiva, na atenção básica. A ex-secretária de Saúde, Denise Liel afirma que o foi no Programa Saúde da Família que jogou o indicador de Toledo para baixo, na época o município tinha apenas três equipes.

30/05/2012 - 18:35


Para Denise Liel, ex-secretária municipal de Saúde, a avaliação do IDSUS se orienta no Programa Saúde da Família. “Este é um dos indicadores que leva o município de Toledo para baixo e também o índice de saúde bucal, que são equipes de saúde bucal vinculados ao Saúde da Família , outro indicador que também foi baixo é o índice de escovação dentária”.

Denise explica que na saúde bucal o município realiza uma ação. “Temos em todas as unidades de saúde serviços de escovação, ou seja, também fizemos estes serviços de saúde bucal. Este indicador nos prejudicou”.

A ex-secretária reafirma a causa do baixo índice e comenta o que está sendo feito. “O que fizeram este índice ser baixo foram o saúde da família que hoje temos credenciadas cinco equipes, mas na época tínhamos apenas três e estamos encaminhando para ter duas no Panorama e temos planos para o Pancera, Santa Clara e Concórdia, mas ainda não temos os profissionais e a saúde bucal”.

Entenda o que IDSUS avaliou e que nota o município obteve, numa escala de zero a dez pontos, quanto mais próximo de dez, melhor é o desempenho.

Nota geral do IDSUS           4,48

Cobertura populacional estimada pelas Equipes Básicas de Saúde -     3,79

Cobertura populacional estimada pelas Equipes Básicas de Saúde Bucal  -   2,46

Proporção nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal -   8,46

Razão de exames citopatológicos do colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos e a população da mesma faixa etária -  4,57

Razão de exames de mamografia realizados em mulheres de 50 a 69 anos e população da mesma faixa etária    2,78

Razão de procedimentos ambulatoriais selecionados de média complexidade e população residente   1,46

Razão de internações clínico-cirúrgicas de média complexidade e população residente 7,20

Razão de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade selecionados e população residente   2,72

Razão de internações clínico-cirúrgicas de alta complexidade  e população residente 4,87

Proporção de acesso hospitalar dos óbitos por acidente   7,19

Proporção de internações de média complexidade realizadas para não residentes  1,28

Proporção de Internações Sensíveis a Atenção Básica ISAB   6,56

Taxa de Incidência de Sífilis Congênita -  10,0

Proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera - 10,0

Proporção de cura de casos novos de hanseníase -  10,0

Cobertura com a vacina tetravalente em menores de 1 ano -10,0

Média da ação coletiva de escovação dental supervisionada  -  0,04

Proporção de exodontia em relação aos procedimentos - 10,0

Proporção de Parto Normal   - 4,71

Proporção de óbitos em menores de 15 anos nas UTI  -  10,0

Proporção de óbitos nas internações por infarto agudo do miocárdio (IAM) -  5,48


Os índices acima confirmam a fragilidade da atenção básica e o Programa Saúde da Família atua de forma preventiva, mas outro indicador aponta que a atenção às mulheres também deixa a desejar, pois no indicador que avalia os exames de mamografia, Toledo obteve o índice de 2,78 numa escala de 10 pontos e nos exames citopatológicos a nota atingida foi de 4,57 de 10.

Este diagnóstico se refletiu na apresentação do relatório quadrimestral na Audiência Pública de Saúde, conforme matéria publicada pela Casa de Notícias: Investimento em saúde e eficácia dos serviços estão em descompasso, em Toledo.

Denise Liel apesar de não estar a frente da Secretaria apresentou os indicadores na Audiência Pública, e comentou os resultados para a Casa de Notícias. Acompanhe na reportagem em vídeo.

 

Por Selma Becker 

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