Mas, segundo o coordenador, esses avanços “ainda ocultam grandes problemas relacionados ao secular padrão de discriminação de gênero, raça e etnia que existem no Brasil e que não podem ser solucionados só por ação ministerial ou de governo, mas que requerem mudança cultural com a participação ativa da sociedade". Para ele, a discriminação de gênero e raça no Brasil "é inimiga do próprio progresso do país, por isso tem que ser combatida".
O representante da Organização das Nações Unidas (ONU) participou hoje, em Brasília, da abertura do seminário Interseccionalidade de Gênero, Raça e Etnia: o Trabalho Conjunto na Elaboração e Implementação de Políticas Públicas. Até esta sexta-feira (17), serão discutidas no evento questões relacionadas ao Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, que vem sendo desenvolvido no Brasil com apoio de programas da ONU.
O seminário vai debater inovações, potencialidades e desafios em políticas públicas promovidas em conjunto pelas agências da ONU, pelo governo federal e pela sociedade civil, no âmbito do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia
Para a representante da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Sônia Malheiros "não há como chegar à igualdade sem enfrentar as diferenças do gênero e raciais. Ela alerta que "não adianta [ter] só intenções, mas é preciso também [ter] recursos para que as políticas públicas necessárias para o estabelecimento da igualdade sejam implementadas".
O representante da Secretaria de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiz Barcelos, destacou que as iniciativas dos programas nessa área trazem grande aprendizado e contribuem para afinar o trabalho dos setores envolvidos, o que considera "fundamental para o sucesso das metas do Plano Plurianual de Investimentos [PPA], programado para 2012-2015, de forma a afetar positivamente a vida das pessoas".
Da Agência Brasil
GERAL
País tem que combater desigualdades raciais e de gênero para continuar avançando, defende ONU
O coordenador residente do Sistema Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek, avaliou nesta quinta-feira (16) que o país obteve conquistas importantes no enfrentamento à pobreza, mas precisa combater as desigualdades raciais e de gênero para continuar avançando. Segundo Chediek, o Brasil "fez um novo milagre no século 21 ao elevar à classe média 40 milhões de pessoas e fazer ainda grande redução da pobreza, com a melhora dos indicadores globais de políticas sociais".
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