A extensão da Ferroeste também foi destacada como decisiva para o fortalecimento da economia do Mato Grosso do Sul pelo governador do Estado, André Puccinelli. Falando na Assembléia Legislativa do Mato Grosso do Sul, na manhã desta terça-feira (15), ele destacou que pretende dar atenção especial aos modais de transporte e a projetos estratégicos de grande porte “para atração de novos empreendimentos”.
FERROESTE
O presidente da Ferroeste, Maurício Querino Theodoro, que viaja quarta-feira (16) a Brasília, entende que o esforço dos dois governos junto ao Ministério dos Transportes é para que as obras do ramal entre Cascavel e Guaíra sejam contempladas no PAC-2 (Programa de Aceleração do Crescimento), assim como de Guaíra a Dourados (MS).
Para o presidente da Ferroeste, o projeto é importante para os dois estados. “São os grandes celeiros do Brasil, com produção em toda a área de influência da ferrovia, incluindo Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai, que chega a 16 milhões de toneladas por ano”.
MODERNIZAÇÃO
Richa Filho lembra que o terminal da estrada de ferro, em Cascavel, fica estrategicamente localizado à beira da BR-277 para receber os produtos das regiões oeste e sudoeste do Paraná, de estados e países vizinhos. “Além do calcário e dos fertilizantes, fundamentais para a produção agrícola, pode vir a se tornar um centro distribuidor de mercadorias transportadas por contêineres”, afirmou. O secretário considera que o desenvolvimento da ferrovia deve estar em sintonia com os modais rodoviário e marítimo.
Para Richa Filho, o Paraná começa a viver novo momento no setor ferroviário, que pode trazer impactos econômicos e sociais favoráveis. O secretário deu como exemplos a implantação da ferrovia Paranaguá-Curitiba, no século 19, a ligação ferroviária São Paulo-Rio Grande, que cortou o Paraná de Itararé a União da Vitória, passando por Ponta Grossa, já no início do século 20, seguida por outras ligações, como a que une Curitiba a Guarapuava, na década de 1950, a conclusão da Central do Paraná, na década de 1970, e a inauguração da Ferroeste, no final do século passado. “O século 21 pode trazer a redenção para o setor ferroviário no Estado”, afirmou José Richa Filho.