Primeiramente, a Casa não tem nenhum compromisso político partidário com nenhum dos candidatos à presidência, mas tem um compromisso com a natureza do jornalismo, que é conviver com as múltiplas ideias que compartilham esta mesma sociedade e interagir com cada uma delas, no intuito de defender a democracia, a dignidade social de todos os grupos pertencentes a nossa sociedade.
Acreditamos que o Estado deve ser laico e todo o debate deve ser norteado por isso, pois é uma expressão da democracia.
O debate travado no Legislativo toledano não é diferente nos quatro cantos deste país. Reduzir a discussão naquilo que a grande imprensa tem noticiado de que Serra é a favor da união civil homossexual ou que Dilma é a favor da descriminalização do aborto, é muito pouco, é muito pobre!
Os coordenadores políticos das campanhas travam uma luta para ganhar as eleições a qualquer custo, nem que para isso, precise explorar a miopia humana.
Os cidadãos deste país, no final do mês, precisam fazer uma escolha: Serra, Dilma, branco ou nulo.
O debate político honroso deve respeitar o Estado laico, mas também a inteligência do eleitor. Há grandes questões que a sociedade espera que sejam respondidas, e foram deixadas de lado em detrimento do poder.
Queremos saber como Serra ou Dilma promoverão a reforma política; a reforma tributária - um grande concentrador de renda; o que farão pelo ensino fundamental e médio; quais os rumos darão para a ciência e tecnologia do país; que ações serão executadas para resolver todas as questões relacionadas a saúde; a infraestrutura deste país – qual é o projeto concreto, viável e em quanto tempo estará realizado; a segurança pública – que ações serão realizadas e com que recursos.
Queremos saber que Estado, este ou aquele candidato defende. Qual é sua relação com os poderes e a sociedade civil.
Este debate é o que a sociedade espera para poder depositar seu voto conscientemente nas urnas. E não ouvir que setor A ou B, desta ou daquela religião, é contra ou favor de Dilma ou Serra.
A escolha religiosa de cada candidato diz respeita a cada um deles, mas espera-se deles que, ao se tornarem presidentes saibam respeitar todas as crenças, todas as religiões e acima de tudo, todos os cidadãos.
A Casa de Notícias está aberta a publicar as propostas de cada um dos candidatos, para colaborar com o debate e a democracia, mas desde que o debate seja pautado em programas de governo e não discursos pautados em crenças de cada um.
