“Durante o sono ocorre à síntese de proteínas responsáveis pelo desenvolvimento das conexões neurais, que aprimoram as habilidades como memória e aprendizado”, explica Carlos Rocha, médico neurologista da Unimed Costa Oeste.
Principais distúrbios na vida adulta
A insônia é o distúrbio mais comum, pois se apresenta de duas formas: pela dificuldade em iniciar e manter o sono ou por dormir de maneira superficial. O mal, conforme Rocha, é ocasionada por situações como: ansiedade, estresse, depressão e consumo de alimentos estimulantes antes de dormir. “O tratamento para a insônia é baseado em medicamentos tranquilizantes, que diminuem a tensão e provocam mais sonolência, mas a mudança de hábitos diurnos como alimentação e prática de exercícios físicos também auxilia no tratamento”, revela.
Da mesma forma que a insônia, a apneia do sono também interfere na disposição diurna, já que interrompe a respiração do paciente por um período mínimo de dez segundos e gera o sono superficial. “Na apneia, as vias respiratórias são obstruídas, o que inibe a passagem do ar em até cinco vezes durante o período de sono”, esclarece.
Essa inibição do sono gera um despertar súbito, mas é comum que esse episódio seja esquecido ao amanhecer. A apneia do sono é mais comum em homens idosos, mulheres na menopausa e em pessoas acima do peso. “O tratamento é feito por cirurgia das vias respiratórias, uso de um aparelho que injeta ar e desobstrui a faringe e também por tratamento de emagrecimento”, expõe Rocha.
Distúrbios na infância
Já o terror noturno - caracterizado por ataques de terror agudo e agressividade - e o sonambulismo, quando a pessoa caminha pela casa enquanto dorme, são mais frequentes em crianças. O episódio ocorre durante o sono e a pessoa não se lembra do ocorrido ao levantar na manhã seguinte. “Não há explicação comprovada para os distúrbios, mas hipóteses sugerem que a imaturidade do sistema nervoso central e alterações em determinadas fases do sono geram os ataques”, diz o especialista.
O médico lembra que, durante a ocorrência, o paciente não deve ser acordado e o indicado é esperar o ataque passar ou encaminhar a pessoa para a cama. “As janelas e portas devem ser fechadas, além de objetos pontiagudos serem guardados, para evitar que o sonâmbulo se machuque”, orienta.
O tratamento destes dois males ainda não foi encontrado, porém caso os episódios ocorram com frequência, o paciente deve ser acompanhado por um neurologista.
Da assessoria