Algumas mães se deparam com a insuficiência de leite para a amamentação logo após o nascimento do filho, enquanto outras produzem um volume que ultrapassa a necessidade do bebê. Esta é uma situação que possibilita o beneficiamento mútuo entre as mães, já que a doadora pode tirar o excesso de leite e encaminhar ao Banco de Leite, que destinará o alimento pasteurizado à criança que não recebe amamentação suficiente da própria mãe. “Além de auxiliar no processo de aleitamento das outras mães, a doação contribui com a recuperação dos recém-nascidos em situação de risco na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, que recebem o leite humano pasteurizado como alimentação exclusiva”, explica Helena Mayer, coordenadora do Banco de Leite Humano (BLH) Dr. Jorge Nisiide, do Hospital Bom Jesus (HBJ).
Em abril deste ano, a arrecadação do Banco foi cerca de 154 litros de leite, oriundos dos 18 municípios da 20ª Regional de Saúde (RS) e da coleta feita no próprio BLH. Esta quantia, conforme salienta Helena, é destinada aos 12 bebês que atualmente ocupam os leitos da UTI Neonatal. “O leite humano também é fornecido ao Hospital Rondon, de Marechal Cândido”, finaliza.
Para doar
Para ser uma doadora, além de apresentar excesso de leite, a mulher deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se dispor a recolher e doar o excedente.
Além disso, a mãe deve realizar um cadastro no BLH e apresentar os exames realizados durante o pré-natal para análise e a aptidão para a doação, confirmada. “Para as mulheres que não podem levar o leite coletado até o banco, nós também fazemos a coleta domiciliar durante a semana e, na primeira quinta-feira de cada mês, temos o auxílio do Corpo de Bombeiros”, destaca.
Após a coleta, o leite passa por um processo de controle de qualidade e é pasteurizado para então ser distribuído aos os recém-nascidos.