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GERAL

Prefeitura trabalha em projetos de intervenções estruturais na região da Usina

Os maiores danos provocados pelas chuvas do final de semana, estiveram concentrados na região da comunidade do distrito de Xaxim e da região próxima ao Rio São Francisco que a população ficou ilhada. A área urbana sofreu menos devido as ações da administração municipal, desde 2013. Entre sábado e domingo foram registrados cerca de 210 milímetros de chuva.

09/06/2014 - 21:12


O final de semana foi turbulento em Toledo. As fortes chuvas que atingiram o município e região causaram diversos transtornos, em especial na região da Comunidade do Xaxim que teve que cancelar a tradicional festa do Leitão Desossado à Xaxim e na área próxima do Rio São Francisco que ficou inundada.

Nos distritos de Vila Nova e Novo Sobradinho faltou luz e o serviço de telefonia foi interrompido. A Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e diversas secretarias municipais estiveram mobilizados, no domingo e nesta segunda-feira, para atender a comunidade.

Próximo a Estrada Rural Narciso Antônio Casarotto (Estrada da Usina), ficou alagada, o Rio São Francisco transbordou, deixando os moradores daquele região ilhados.

No Clube Caça e Pesca cerca de 20 stands foram inundados, inclusive o da Prefeitura de Toledo. “Próximo às 00h foi o momento mais crítico. Tivemos bastante prejuízo, pois a água chegou até o depósito de carvão e alagou muitos stands e dois tanques de peixes. Vamos ter que fazer uma limpeza geral”, afirmou o administrador do Clube, Nelson Cornelius. Além disso, alguns bairros sofreram rápidas queda de energia.

Na área urbana de Toledo as últimas intervenções estruturais promovidas pela administração, ajudaram reduzir os riscos.

Segundo o secretário de Habitação e Urbanismo, Igor Colla Januário, a maior preocupação no momento é a cheia do Rio São Francisco, que ocorreu devido às chuvas. “Nós já estamos avaliando as intervenções que poderemos fazer no local para que este tipo de ocorrido não aconteça novamente. Juntamente com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, estamos fazendo alguns apontamentos, e assim que o nível da água abaixar poderemos dar uma certeza sobre o que será feito no local”, contou.

O prefeito Beto Lunitti percorreu as regiões atingidas. “Alguns episódios são decorrentes de problemas estruturais que não foram resolvidos ao longo dos anos. As medidas paliativas não deram resolutividade e com forte volume de chuvas isso foi mais grave ainda”.

Lunitti relata que os problemas estruturais na área urbana já começaram ser resolvidos e o resultado foi que apesar da forte chuva não houve registros de incidentes graves, como ocorriam em anos anteriores. “Nós já agimos em bairros críticos e aqui na região da Usina estamos realizando um estudo técnico para agir da melhor forma possível e evitar novas situações como esta, não podemos evitar a ação da natureza, mas temos o dever de precaver desastres que atinjam nossa população”, afirmou o prefeito ao destacar que o município foi um dos menos atingidos no estado.

Atenção a sinalização

Segundo o secretário de Habitação e Urbanismo, a colaboração da população é essencial. “Na estrada da Usina, onde realizamos a interdição da via, um veículo enfrentou o alagamento e acabou ficando preso. O Corpo de Bombeiros retirou a família do local. Por isso reforçamos a orientação para que a população obedeça à sinalização dos órgãos competentes que visam manter a segurança da população”, salientou.

Investimentos

Apesar do grande volume pluviométrico do fim de semana, esta foi uma das situações com menos ocorrências na área urbana da cidade. Segundo o secretário de Habitação e Urbanismo, Igor Januário, o motivo foram as diversas obras de infra-estrutura realizadas para solucionar os problemas ocasionados pela falta de galerias, construção de falsas bocas de lobo e sistema ineficiente de drenagem da água ou sub-dimensionamento de galerias. As principais obras foram realizadas na Parigot de Souza, que segundo o secretário onde foram detectadas uma série de bocas de lobo falsas, ou seja, não conectadas a rede de galerias pluvias. Outro ponto crítico é o Jardim Gisele que é afetado pela não contenção da água na Parigot de Souza. A previsão é de que a maior parte das obras seja executada até o fim de 2014. Segundo o secretário de Habitação e Urbanismo 30% de todos os projetos já estão prontos para ser orçados na Empresa de Desenvolvimento Urbano e Rural de Toledo (Emdur).

Entre as regiões problemáticas estão o Jardim Santa Clara IV, Panorama II, Santa Maria, Jardim América e Europa, Jardim Gisela e Porto Alegre, Vila Becker, grande região do Coopagro e algumas vias da área Central, em especial a Avenida Parigot de Souza. Segundo o prefeito Beto Lunitti estima-se que cerca de R$ 4 milhões deverão ser investidos até 2016 em intervenções e reestruturação do sistema de sistema de coleta das águas, nos pontos mais críticos da cidade, para evitar os problemas. As obras estão previstas no orçamento do município e no PPA - 2014/2016. Do início do ano até o momento já foram gastos mais de 250 mil em obras em cerca de 50 pontos da cidade.

Em todo o Paraná

As fortes chuvas que atingiram Toledo no final de semana alcançaram também outras localidades do Paraná. Diversos municípios do estado decretaram estado de emergência. O ponto turístico paranaense, as Cataratas do Iguaçu, estão em nível elevado, sendo que a passarela, que serve para passeio sobre o local, está escondida pelas águas. O município vizinho, Cascavel, decretou estado de emergência. Além disso, Marechal Cândido Rondon também teve grandes danos, sendo que a população do interior, como no distrito de São Roque, teve que ser resgata por helicópteros do Corpo de Bombeiros pelo fato de terem ficado ilhados.

Segundo o governo estadual, estão sendo liberados R$ 6 milhões para os municípios comprarem vacinas, medicamentos, contratarem e pagarem hora extra aos profissionais de saúde. Além disso, ainda está sendo feita uma campanha para arrecadação de donativos para as famílias que foram atingidas pelas fortes chuvas. As pessoas atingidas precisam de colchões, cobertores, roupas de cama, roupas, água, cestas básicas, fraldas, materiais de limpeza e higiene, como lenços umedecidos, já que muitas cidades estão sem água.

De acordo com a Defesa Civil estadual, 70 cidades estão em situação de emergência. A região central do estado é a mais prejudicada, principalmente os municípios de Guarapuava, Irati e Rebouças. Segundo o último boletim divulgado hoje (09) pela Defesa Civil Estadual as enxurradas e alagamentos deixaram 7.530 pessoas desalojadas, 2.436 desabrigadas e 2.286 estão em abrigos. Mais de 6,3 mil residências foram danificadas em todo o estado.

Além disso, ainda há regiões que estão sem luz desde a tarde de domingo (08). As equipes de emergência da Copel restabeleceram ontem à noite, o fornecimento de energia elétrica para municípios de Lindoeste e Santa Lucia, além de parte de Reserva do Iguaçu. A cidade de Capitão Leônidas Marques continua sem os serviços de eletricidade desde o meio da tarde de ontem, afetando cerca de 5 mil unidades consumidoras. Hoje (09) pela manhã, outras cerca de 6 mil ligações ainda estavam sem energia nas regiões oeste e sudoeste devido às dificuldades de acessos a localidades do interior e propriedade rurais, a maioria nos municípios de Cascavel, Catanduvas, Guaraniaçu, Laranjeiras do Sul, Chopinzinhho, Candói, Quedas do Iguaçu e Nova Laranjeiras. Os trabalhos da Copel prosseguem ao longo do dia, buscando superar os obstáculos que dificultam a recomposição das redes avariadas.

 

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