Na ocasião estiveram presentes secretários, vereadores, presidentes de sindicatos rurais, membros da Comissão do Asfalto, além da comunidade local. Segundo o prefeito Beto Lunitti, o trecho representa a 17ª obra de 19 já entregues desde o ano passado por meio do Programa Rodovias Rurais. “Em um ano e sete meses, fizemos praticamente 34 km de rodovias rurais. Isso é resultado de um diálogo franco e aberto com as comunidades. Entregamos essa obra na linha Rekowsky com muita felicidade. São dezenas de produtores, homens e mulheres do campo junto com suas famílias, que têm agora o benefício de uma rodovia com extrema qualidade, com todo aparato de segurança que oferece a rodovia fazendo com que as famílias possam se movimentar para cumprir os seus afazeres, tanto profissionais, quanto de lazer, mas também mostra a preocupação da prefeitura com aqueles que transitam pelas estradas, inclusive os trabalhadores que trazem os insumos para as propriedades. Rodovias Rurais – Caminhos para o Desenvolvimento é sob todos os aspectos, desenvolvimento econômico, das políticas humanas e de participação popular”.
O diretor superintendente da Emdur, Ascânio Butzke , lembrou que em 1990 a comunidade participou de um seminário em Novo Sobradinho com o tema “Um estudo para o desenvolvimento socioeconômico do interior de Toledo”, e que naquele momento se discutia a vontade do interior em ter as mesmas condições que a cidade. “De ter satisfação de morar no campo, ter condição de ganhar dinheiro e fixar sua profissão no campo. Uma das formas apontadas para se alcançar isso era tendo estrada de qualidade. Em 1996 essa estrada foi readequada e cascalhada, pois era o que a comunidade queria naquela época. Desde então não houve mais investimentos nesse trecho. Depois de todo esse tempo, hoje entregamos uma rodovia pavimentada com qualidade. Tanto é verdade que esses investimentos seguram o homem no campo, que Toledo é o primeiro lugar na produção agropecuária do Paraná”, frisou.
O diretor garante que houve uma mudança considerável na execução destas obras. “A comunidade acompanhou a qualidade dos materiais que colocamos aqui, diferente de outros locais do município. Nós já gastamos R$1,6 milhão desde o início do ano passado pra cá, recuperando estradas (mau)feitas há bem pouco tempo, inclusive algumas inauguradas em 2012. Exemplo disso é a estrada de São Miguel, até a rodovia que liga a Novo Sarandi, em 2013 sofreu uma intervenção de conserto onde foi gasto mais de R$100 mil para tapar os buracos e agora já necessita de nova intervenção. Ou seja, o conserto daquela estrada está tão caro quanto nós produzirmos um quilômetro de asfalto nessas condições aqui. Então é mais barato investirmos uma só vez em estrada com qualidade, condição de trafegabilidade, com segurança e não termos mais consertos, pois é dinheiro público. Não podemos gastar cada ano valores expressivos só com obras paliativas. Estes consertos nos tiraram cerca de 10km de estradas que poderíamos fazer a mais em nosso município”, desabafou.
Aprovação da comunidade
O presidente da Comissão do Asfalto de Novo Sobradinho, Celso Rekowsky conta que essa é um anseio antigo dos usuários e moradores da Linha Rekowsky. “Nós tínhamos problemas com poeira, atoladouros entre outros. Já aconteceu de eu ter que levantar de madrugada, pegar o trator e me deslocar um ou dois quilômetros da minha propriedade, puxar com o trator o caminhão que buscava o leite até em casa e novamente puxar o caminhão para conseguir sair da propriedade”.
A organização comunitária e a participação no custeio da obra foi um dos diferenciais para viabilizar a obra na Linha Rekowsky. “Nós tínhamos essa ansiedade e essa vontade de também ter uma rodovia pavimentada até as propriedades. Então nos organizamos com os demais moradores e achamos que era o momento de conseguir esse asfalto. Hoje estamos muito contentes, muito alegres e satisfeitos pela qualidade da pavimentação, uma obra já diferenciada, a estrutura diferente das pavimentações anteriores, a largura da rodovia também é diferente. Não parece que estamos vivendo no Brasil, parece que estamos em algum lugar da Europa ou em um país de primeiro mundo”, destacou o presidente da comissão. Ele ainda comentou que “o leite precisa ser coletado todos os dias, o frango tem que sair da propriedade, a ração precisa chegar, então não podemos ficar dependendo só do clima, as condições da estrada precisam estar boas”.
Opinião compartilhada pelo José Arnaldo Engelmann, também membro da Comissão do Asfalto. “Foi muito importante pra nós. A nossa linha tem muita granja e dia de chuva era um grande problema, mas hoje esse asfalto ficou muito bom. Ficou ótimo, inclusive para a linha escolar. Era uma coisa que estávamos tentando já fazia tempo, uma frustração de safra já complicava tudo pra nós. O pessoal da Vila Rural, que tem um poder aquisitivo menor também se beneficiou muito com a rodovia e hoje também estão contentes. O asfalto veio antes da nossa previsão, quando fomos arrecadar recursos com os moradores prometemos que só ficaria pronto em dezembro, mas felizmente superou nossas expectativas e só temos a agradecer à administração”.