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GERAL

Prefeitura e PUC oferecem curso de inseminação artificial para bovinocultores toledanos

O curso é oferecido a produtores da bacia leiteira agilizando o processo e otimizando a produção, e está sendo ministrado no Hospital Veterinário da PUCPR

02/09/2014 - 17:18


A Prefeitura de Toledo, em pareceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Campus Toledo, está ofertando um curso de inseminação artificial para os produtores de leite e filhos cadastrados na Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O curso está sendo realizado no Hospital Veterinário da Universidade.

Ao todo, 40 produtores passarão pela capacitação divididos em quatro grupos. As turmas menores vão auxiliar no melhor aproveitamento aproveitamento das aulas. A primeira turma começou na segunda feira (01) e segue até o dia 4. A próxima turma inicia dia 6 de outubro, a terceira no dia 3 de novembro e o quarto grupo ainda não tem data definida para o início.

Segundo a diretora de Desenvolvimento Agropecuário, Geni Serafim, a ideia deste curso surgiu dos próprios produtores, que procuraram a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento buscando profissionalizar suas atividades. “O produtor conhece o animal e sabe o período do cio de sua vaca. Ele quer cuidar de sua produção, se tornando independente de veterinários para obter uma cria de bezerro. Com o intuito de dar estas condições, a Prefeitura firmou a parceria com a PUC para poder atender este pedido do produtor”.

Geni ainda comentou sobre a facilidade que a parceria proporcionou aos produtores. “Antes este curso era ministrado apenas em Cascavel. Para o produtor se tornava inviável se ausentar de sua propriedade por quatro ou cinco dias. Com o curso acontecendo em Toledo eles estão mais perto de casa, facilitando sua locomoção e ganhando tempo”. Outro ponto destacado por Geni  é que com a inseminação não existe a necessidade de um touro reprodutor nas propriedades. “Neste curso o produtor aprende a substituir o touro por um botijão de armazenamento de sêmen, que diminui os gastos que se tem com o touro, e os riscos, pois já registramos casos em que os animais reprodutores machucaram seus donos”.

Procura

A procura pelo curso foi além das expectativas. Foram disponibilizadas 30 vagas, mas devido à demanda, este número foi ampliado para 40. “O que mais nos animou foi o número de jovens inscritos, que totalizam cerca de 90 % dos inscritos”. Em geral, estes participantes são filhos de produtores, o que caracteriza a sucessão das propriedades, muito defendida pelo Governo Municipal. “Deste modo, estamos capacitando os jovens produtores para otimizar a produção leiteira no futuro, pois estes jovens estão realmente interessados em aprender porque querem continuar nas terras dos pais”, concluiu.

O curso em si não tem custo algum para os inscritos. Os únicos requisitos são um kit de inseminação, que cada aluno precisa ter o seu para as aulas e que pode ser usado na propriedade após o término do curso. O certificado também será custeado pelos alunos. A expectativa da Prefeitura, através de um contrato de parceria com a PUC, é manter o curso todos os anos.

Vantagens na produção

Segundo a médica veterinária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tatiane Sebastiani, o curso está abrindo novas tecnologias para os produtores. “De fato, alguns produtores já tem algum conhecimento sobre inseminação. O curso vem para aprimorar e agregar. Eles se mostraram muito interessados, tirando dúvidas com os professores, e tudo isso vai otimizar a produção”, comentou.

O bovinocultor Reginaldo de Moura Sampaio, que faz parte do condomínio leiteiro de Novo Sobradinho, contou que o curso traz de benefícios. “Após o término do curso, eu vou substituir o inseminador no meu condomínio. Assim, vamos reduzir os custos e facilitar a inseminação”. Já Nair Fuhr contou que o aprendizado vai beneficiar pela questão de tempo. “A vaca possui um tempo de cio muito curto. Nós produtores temos experiência e sabemos o momento certo de inseminar, mas muitas vezes o profissional que acompanha nosso condomínio não pode atender por estar ocupado com outros animais. Agora nós mesmos vamos fazer”, comentou.

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