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Vacina contra dengue trás alento, mas população deve permanecer vigilante

Para o setor de Combate e Controle de Endemias de Toledo o anúncio da fase final da pesquisa da vacina contra a dengue trás um alento em longo prazo, mas em curto prazo, o risco permanece e a população deve se manter vigilante.

03/09/2014 - 21:30


A dengue é considerada questão de saúde pública brasileira e é doença endêmica de cerca de 100 países. De 1º de janeiro a 19 de julho deste ano, o Ministério da Saúde notificou 688.287 casos da doença e 554 mortes. Em Toledo, foram confirmados 19 casos, sendo que destes 15 são autóctones e quatro importados. Apesar do Boletim Técnico no 14, do mês de julho da Secretaria de Estado da Saúde – SESA apontar Toledo como o segundo com menor incidência de dengue, o inverno atípico e com temperaturas elevadas antecipa o risco maior de dengue. Para o setor de Combate e Controle de Endemias de Toledo o anúncio da fase final da pesquisa da vacina contra a dengue trás um alento em longo prazo, mas em curto prazo, o risco permanece e a população deve se manter vigilante.

O combate a essa doença é feito por meio da prevenção. As medidas necessárias são conhecidas pela população, que deve permanecer atenta a possíveis focos do mosquito transmissor e manter casas e lotes livres de locais com água parada. Além da orientação feita ao público, a equipe de Combate e Controle às Endemias de Toledo realizou, durante o período de maior número de casos no município, bloqueios químicos e mutirões de limpeza.

A novidade, no entanto, é a divulgação dos resultados da etapa final dos estudos feitos a partir de uma vacina desenvolvida para combater a doença. Depois de 20 anos de pesquisas, a eficácia da vacina se mostrou de 60,8% contra os quatro sorotipos da doença. Entre as pessoas que foram vacinadas e, mesmo assim, tiveram  dengue, houve redução de 80,3% no número de internações com relação a quem não foi imunizado.

Segundo Sheila Homsani, gerente do Departamento Médico da Sanofi Pasteur, laboratório responsável pela vacina, o estudo está concluído e agora os dados serão consolidados para o pedido de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para que possa ser comercializada no Brasil e, eventualmente, ser incorporada à rede pública. A expectativa é que demore cerca de um ano para o registro sair.

Em etapa anterior, feita na Ásia, a pesquisa havia mostrado eficácia de 88% contra o tipo hemorrágico da doença, considerado o mais grave. Agora, na última etapa, a vacina foi testada no Brasil, em Honduras, no México, na Colômbia e em Porto Rico. No Brasil 3.550 crianças e adolescentes entre 9 e 16 anos das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste foram vacinados.

A imunização e o acompanhamento foram feitos de junho de 2011 a abril de 2013. O laboratório, no entanto, vai acompanhar por mais cinco anos os imunizados. Segundo Sheila Homsani, os resultados estão acima das expectativas da Organização Mundial da Saúde, que pretende reduzir em 50% a mortalidade por dengue até 2020.

Para o coordenador do setor de Combate e Controle de Endemias de Toledo, Taylon Eduardo Pereira, mesmo com os estudos da vacina, os cuidados com a dengue não devem parar, uma vez que ela ainda está em processo de testes. “Apesar do sucesso obtido na fase de estudos, ainda existem vários tramites até a aprovação da vacina para comercialização, porém, os cuidados e atenção não devem parar. É necessária a conscientização de toda a população acerca dos cuidados uma vez que a dengue é uma doença que mata”, afirmou.

Cuidados

O coordenador do setor de Combate e Controle de Endemias de Toledo, Taylon Eduardo Pereira, ainda comentou acerca de algumas dicas para que as pessoas fiquem atentas quanto aos cuidados com os focos da dengue. “Ainda é preciso tomar todos os cuidados necessários para que o mosquito não se reproduza”, disse.

Cuidar com objetos que podem acumular água, colocar areia nos vasos de flores e plantas, limpar as calhas, ter telas nas janelas, cuidar com piscinas que não são limpas frequentemente e jogar o lixo na lixeira, para não permitir o acúmulo de água, além de sempre deixar as lixeiras com tampa.

Além disso, o coordenador ainda ressaltou a importância de cuidar da fácil formação de focos do mosquito, devido ao clima. “Como estamos no inverno, às pessoas deixam de tomar os devidos cuidados com os locais de possível propagação. Mas é essencial que as pessoas continuem tomando os cuidados necessários”, contou afirmando que o inverno deste ano está relativamente quente, não permitindo qualquer descuido.

Agentes de Combate às Endemias

É importante que as pessoas deixem que os agentes de combate às endemias verifiquem as suas residências para detectar possíveis focos que podem existir e repassar as informações de cuidados. “E nos casos em que os moradores não estejam em casa no momento da visita é deixado uma ficha pedindo para que o cidadão agente sua visita para que a vistoria seja feita e garantindo mais eficiência no combate”, comentou.

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