O levantamento da planta do prédio, feito pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Toledo, está previsto para ser entregue no dia 15 de dezembro. Após isso, as informações serão transpostas para um sistema, onde será possível visualizar o local. “Dessa forma já conseguimos imaginar quais as alterações necessárias da planta. Partindo daí, sabemos que a mudança de estrutura física não será tão grande, já que o espaço já possui estrutura para abrigar um Hospital Municipal”, contou a secretária de Saúde, Denise Campos.
Após esta verificação, será definido onde ficarão os leitos, emergência, consultórios e ambulatórios. Sabendo destes detalhes, será possível começar a desenvolver o projeto arquitetônico e os complementares.
Para as melhorias necessárias no local, será feito um investimento que gira em torno de 4 a 5 milhões de reais. Para a aquisição destes recursos, o Governo Municipal já está realizando conversas com o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde, informou Denise. Além disso, o município acordou com o Governo do Estado, para subsidiar as reformas no prédio do futuro Hospital Municipal. Uma vez que o município doou o terreno para a construção do Hospital Regional – que atenderá a população de 18 municípios -, Toledo também assumiu o reequilíbrio financeiro da obra, no valor de R$ 2,7 milhões, e está realizando toda a urbanização das vias próximas ao HR, então o que se negocia é que o Governo do Estado faça o repasse do recurso para a implantação do Hospital Municipal. “Depois será feito o credenciamento junto ao SUS para receber os recursos do Ministério da Saúde. Após, será aberto o concurso para composição do corpo clinico”, contou a secretária.
Os atendimentos que serão realizados pelo Hospital Municipal serão de baixa e média complexidade. Denise comentou que os atendimentos serão definidos conforme a necessidade. O que se pretende realizar são cirurgias eletivas, pequenos procedimentos cirúrgicos, internações clínicas e o pronto socorro seguindo o Protocolo de classificação de risco.
Para o prefeito Beto Lunitti, o Hospital Municipal é somente mais um passo para melhorar ainda mais a atenção básica no município de Toledo. “Nós estamos organizando estes processos, melhorando a atenção básica no município em vários sentidos, e agora com a baixa complexidade, dando ainda mais assistência para a população toledana”, disse. “É bom que a população de Toledo saiba que estamos empenhados em fazer políticas públicas de qualidade para toda a comunidade”.
Atenção Básica
As medidas adotadas para melhorar a atenção básica – que é responsabilidade do município tem sido tomada. Desde o início de 2013 aumentaram o número de equipes de Estratégia da Saúde da Família no município, que passaram de cinco para 15 até o termino do ano. Segundo os dados oficias da Secretaria de Saúde, o município ampliou a cobertura assistencial em saúde em 75,19%. O número de consultas disponíveis nos postos também aumentou através dos Programas Federais Mais Médicos e Provab. Outro indicador positivo, na atenção básica, é o percentual de agravamento de casos que reduziu. O indicador é baseado no número de casos que buscam os postos de saúde e que podem ser resolvidos nas Unidades – são as enfermidades menos graves – que não evoluem ao internamento hospitalar. Historicamente Toledo não cumpria o que o Ministério da Saúde preconizava de no máximo 15% dos casos evoluíssem – ao contrário – mais de 25% dos casos que poderiam ser resolvido no posto de saúde evoluíam e dependiam de internação. Toledo chega ao final de 2014 com este índice abaixo do que preconiza o Ministério da Saúde, com pouco mais de 14% dos casos – isto representa que o serviço está mais resolutivo.
UBS Grande Pioneira
Além disso, a Grande Pioneira contará com uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS) de Estratégia da Saúde da Família (ESF). O novo espaço de atendimento será ao lado do Centro Municipal de Educação Infantil Boa Esperança II, na Rua Hanni Clajus esquina com a Avelino Niedermeier.
“Inicialmente, até a construção do Hospital Municipal, o Mini continuará sendo utilizado como UBS 12 horas. E a UPA como Unidade de Pronto Atendimento. (urgência e emergência)”, informou Denise.
Pronto Atendimento
Agora, um dos investimentos feitos é na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Toledo. O prédio foi inaugurado em dezembro de 2012, porém a obra precisava de adequações e também urbanística, além dos equipamentos que também não estavam comprados. “Houve a necessidade de se pensar e estruturar para que o equipamento entrasse em funcionamento”, contou a secretária de Saúde, Denise Campos. A partir daí o município investiu com recursos próprios na adequação externa, que não havia sido realizada, como asfalto, entrada e estacionamento. Foi solicitada junto ao Ministério da Saúde, a portaria de equipamentos, para que se pudesse fazer a licitação de todos os equipamentos da UPA, que sairia em um valor de R$ 719 mil. Isso aconteceu e hoje quase todos os equipamentos estão instalados. Outros que ainda não estão no prédio, não vieram pelo fato da licitação realizada ter dada deserta, e teve de ser feita novamente. “No dia 02 de dezembro está prevista mais uma licitação para a compra dos materiais hospitalares. Ao longo do tempo foram feitas as contratações pelo município”, informou Denise.
No próximo dia 17 de dezembro, a Vigilância Sanitária fará a vistoria do local. Após isso, está prevista a compra de mais alguns equipamentos e materiais de estabilização, com isso, há possibilidade dos pacientes ficarem entubados, tomarem soros e ocuparem leitos de observação, assim como acontece hoje no Mini Hospital, porém com mais qualificação e num ambiente totalmente adequado as normas da vigilância sanitária contou a secretária da pasta.
A UPA atenderá seguindo o protocolo de Manchester, por classificação de risco, e atendimento por emergência. A previsão de abertura do novo espaço está prevista para acontecer no começo de 2015.