O supervisor técnico de Controle e Combate às Endemias, Taylon Pereira, afirmou que em todas as áreas que tiveram suspeitas de Dengue passaram por bloqueios químicos e mecânicos. “Onde ocorrem notificações os agentes de combate às endemias realizam uma força tarefa para que não haja a proliferação do mosquito. São feitos os bloqueios químico, que consiste na aplicação de inseticida com bomba costal, e mecânico, onde são feitas vistorias nas casas buscando possíveis focos do mosquito Aedes Aegypt e retirando objetos que acumulem água”.
Taylon destacou que para ocorrer toda esta movimentação é preciso que a pessoa que apresentar febre alta com início súbito, forte dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda do paladar e apetite, manchas e erupções na pele, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, moleza e dor no corpo e dores nos ossos e articulações devem procurar a unidade de saúde mais próxima para o registro do caso. “A Dengue é uma doença de notificação obrigatória e quando se registra uma situação suspeita se desencadeia uma série de ações para inibir o avanço do problema”, afirmou.
O supervisor ainda acrescentou que os moradores de Toledo que se deslocarem a outros municípios devem ter alguns cuidados. “Já temos informações de que em cidades da 20ª Regional de Saúde, como Guaira, Palotina, Terra Roxa, já apresentaram casos”. Taylon afirmou também que no ano passado Toledo, mesmo sendo o município mais populoso da 20ª Regional, apresentou um dos menores índices de casos. “Mesmo assim não podemos nos descuidar e manter a atenção em relação aos possíveis focos. O período é propício para a proliferação dos casos, pois temos muitas chuvas e calor intenso. Todo cuidado é pouco”, alertou.
Trabalho de combate à dengue em Toledo
Diante do resultado de 6,8% apontado no primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) 2015 realizado em Toledo, a equipe de Controle e Combate à Endemias, da Secretaria de Saúde, estabeleceu ações visando o enfrentamento do mosquito transmissor da doença. As medidas tomadas seguem as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, estabelecidas em todo o país.
O destaque das ações é a intensificação das visitas realizadas pelos agentes de combate às endemias (ACE). Segundo o supervisor técnico, Taylon Pereira, no mês de janeiro de 2015 foram realizadas mais de cinco mil visitas. “Em comparação a janeiro de 2014, que foram contabilizadas 3,5 mil, é um aumento significativo de trabalho”. Os resultados destas visitas já são visíveis. No mesmo mês, em 2014, foram 48 casos suspeitos de dengue, e nesse ano, foram registradas apenas oito notificações. “Assim como o LIRAa de 2014 desse mesmo período, que registrou 10,6% e o desse ano 6,8%. Isso demonstra que o trabalho de visita dos ACE é eficaz, pois é a melhor forma de conscientizar e repassar todas as informações necessária”, comentou Taylon.
Além das visitas, existem ações complementares que auxiliam o trabalho dos agentes, como a coleta de materiais que possam acumular água e ser um foco do mosquito Aedes aegypti. “É preciso lembrar que o caminhão que recolhe esses materiais é apenas uma ação complementar, pois não adianta em nada fazer essa ação d se as pessoas não se conscientizarem e pararem de acumular esses materiais”, ressaltou.
Conforme Taylon, o caminhão não serve para ficar recolhendo entulho que a comunidade deixa na rua ou calçadas quando bem entenderem. “O trabalho é realizado de forma programada, de acordo com as Diretrizes Nacionais. Os agentes passam 48 horas antes avisando o bairro da ação, para que aí sim, as pessoas recolham os materiais que possam acumular água em seu quintal, para o caminhão recolher”, explicou. A ação não recolhe lixo doméstico, entulho ou restos de construções.
O coordenador ainda comentou as principais recomendações para que o índice do LIRAa diminua ainda mais e alcance a meta de 1% estipulada pelo Ministério da Saúde. “É importante que a comunidade receba bem os agentes, que são pessoas capacitadas para fazer a visita. Além disso, cada cidadão deve internalizar o dever de ser um agente também, já que todos estamos sujeitos a contrair a doença”. Segundo Taylon, a campanha dos 10 minutos contra a Dengue não pode ser esquecidas. “Os 10 minutos por semana que as pessoas dedicam para fazer uma vistoria no seu quintal já são suficientes. E claro, não podemos esquecer de não jogar lixo nas ruas ou terrenos baldios”, comentou.