A audiência cumpre o que determina a Lei nº 141, que prevê esclarecimentos para a Casa Legislativa sobre os recursos aplicados no período, bem como a oferta e produção de serviços públicos na rede assistencial própria, contratada e conveniada. A audiência pública foi conduzida pelo presidente da Comissão de Saúde na Câmara, vereador Marcos Zanetti, e acompanhada por vereadores, servidores públicos, membros do Conselho Municipal de Saúde e comunidade em geral.
No fechamento do último quadrimestre constatou-se que em 2014 foram aplicados 28,47% da receita do município em Saúde. No total foram investidos R$ 66.347.715,56, dos quais R$ 53.750.926,60 referem-se a recursos próprios do um município. “Não se faz saúde sem recursos. Nós temos investido e nossa série histórica mostra isso. Nós saímos lá de 15%, 19% e chegamos a 28,47% e recursos basicamente do município. Ou seja, o município investiu 81,01%, enquanto que o estado e a união os outros 18,99%. Nós temos que continuar investindo, nossa população precisa e é necessário. No acumulado dos dois últimos quadrimestres a despesa per capta em saúde foi de R$ 538,40”, afirmou a secretária de Saúde, Denise Campos.
Segundo ela, “no terceiro quadrimestre nós tivemos uma maturidade maior dentro dos nossos departamentos em manter e mesmo em aumentar aquilo que a gente tem como foco e é nossa prioridade, que é a Atenção Básica. Isso nós conseguimos com os nossos números, embora sabemos que não depende só de nós, ela depende de todo o conjunto: é a assistência no pré natal, é a assistência pré hospitalar e hospitalar. Estamos focando e planejando ações dentro mesmo da nossa atenção básica que nos auxilie a minimizar as dificuldades”.
Denise pontuou que em contrapartida tivemos vários avanços. “Ao mesmo tempo nós temos o controle da dengue, nós temos números que nos dizem que nós estamos nos organizando, tivemos um planejamento maior, uma organização maior, mais imóveis vistoriados dentro do nosso Programa de Combate a Dengue, temos uma Vigilância Sanitária mais estruturada, nós temos um pronto atendimento com uma qualificação dentro da nossa UPA. Temos nossa Atenção Básica com consultas, procedimentos de enfermagem, coletas de preventivo, tudo isso aumentando e contribuindo para o aumento de prevenção, promoção de saúde e qualidade de saúde do nosso munícipe”, destacou a secretária.
Endemias
Foram vistoriados 34.939 imóveis no ultimo quadrimestre de 2014, sendo que já haviam sido vistoriados 22.673 no primeiro quadrimestre e 29.395 no segundo. Um total de 87.007 imóveis vistoriados no ano passado. Em locais estratégicos foram realizadas 703 vistorias no ano e aplicadas 21 multas, sendo que nenhuma foi aplicada no último quadrimestre.
Mortalidade Infantil
A mortalidade infantil fechou o ano com o índice de 13,7 para cada mil nascidos vivos. O índice é considerado alto e segundo a secretária de Saúde serão reforçadas as ações para baixar esse coeficiente para menos de dois dígitos. A Secretaria de Saúde investiu na capacitação de profissionais da Atenção Básica e buscará uma redução drástica. “Queremos reduzir o número de casos, a exemplo da mortalidade materna, que não tivemos registros em 2014. Para isso, vamos continuar a fortalecer as ações da Atenção Básica que é a principal responsável pelos atendimentos e pré-natal”.
Preventivos
No que diz respeito aos exames preventivos coletados na faixa de 25 a 64 anos houve um crescimento nos três quadrimestres. No primeiro foram realizados 1.918 exames, no segundo 1.955 e 2.502 exames coletados no terceiro quadrimestre.
Em 2014 nasceram 1.981 crianças, sendo que 513 delas por parto normal. Isso representa 25,9% dos partos. Enquanto os partos cesários foram 1.468 (74,1%). A secretária de Saúde destacou que “84,4% das mulheres fizeram o pré-natal e tiveram uma frequência de sete ou mais consultas”.
Saúde Bucal
Com ações de promoção e prevenção adotadas nas Escolas Municipais, a Secretaria de Saúde garantiu 31.228 atendimentos de bochechos com flúor durante o ano. “No quadrimestre foram10.740 ações de bochecho com flúor, enquanto que no primeiro quadrimestre do ano o número foi de aproximadamente seis mil e no segundo quadrimestre chegou a 14 mil. Essa é uma ação importante e que trabalhamos para retomar nesta gestão. Com isso, esperamos reduzir a médio e longo prazo, os casos de problemas bucais”, explicou a secretária de Saúde, Denise Campos.
Saúde Mental
Os atendimentos do setor de Saúde Mental da Secretaria de Saúde praticamente dobraram no segundo quadrimestre e mantiveram a mesma média até o término do ano. Em psicologia foram 4.229 atendimentos no terceiro quadrimestre e 10.841 no total do ano. Na fonoaudiologia foram 8.766 atendimentos no total, 3.443 no quadrimestre. Na psicopedagogia houve um bom aumento, de 548 no primeiro quadrimestre, 1.248 atendimentos no segundo para 1.276 no último, totalizando 3.072 atendimentos. Na Terapia Ocupacional com o número de 1.446 no quadrimestre fechou o ano com 3.329 atendimentos.
Segundo a secretária de Saúde, Denise Campos, as melhorias devem-se ao esforço das profissionais do setor. “Os servidores promoveram ações e estratégias para qualificar os atendimentos e aumentar a cobertura assistêncial, sendo que os resultados podem ser vistos nos números do quadrimestre”.
Outros dados
Diversos exames e consultas também registraram aumento no número de atendimentos do quadrimestre em comparação com o quadrimestre anterior. Os exames laboratoriais passaram de 85.822 no primeiro quadrimestre, para 90.375 no segundo e finalizaram com 119.090 no último quadrimestre, totalizando 295.287 exames. As sessões de Fisioterapia passaram de 19.394 para 23.890 e fecharam com 26.873, totalizando 70.157. As consultas médicas passaram de 83.473 no início do ano para 88.707 e fecharam 2014 num total de 265.117. Já as consultas de urgência passaram de 35.054 no primeiro quadrimestre do ano para 37.382 no segundo quadrimestre e 34.076 no terceiro, somando 108.512. Já as consultas especializadas passaram de 21.808 para 24.969 e terminaram o último quadrimestre com 19.341, em um total de 66.118. A secretária de Saúde, Denise Campos, lembrou ainda, que os encaminhamentos hospitalares tiveram redução. “O que é muito positivo, pois demonstra resultado dos investimentos na atenção básica e na saúde preventiva”, finalizou.
