O processo para construção do Mercado Municipal e da sede da Cooperativa de Agricultores Familiares de Toledo (Cofatol) evolui a cada dia. Nesta quarta-feira (06), técnicos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Fundação Parque Tecnológico de Itaipu (FPTI), apoiadores do projeto, vieram a Toledo para avaliar os encaminhamentos e o projeto arquitetônico. A estruturação desse novo espaço conta com as parcerias entre Cofatol, Prefeitura, através da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Comitê do Cultivando Água Boa da Itaipu Binacional, Sindicatos ligados ao meio rural e o Instituto Emater.
A visita contemplou um encontro na atual sede da Cooperativa, a vistoria do terreno doado pela Prefeitura de Toledo, onde será edificado o Mercado e o acompanhamento de uma reunião do Comitê Gestor Municipal do Programa Cultivando Água Boa. Na ocasião, o presidente da Cofatol, Elírio Cavaleri, emocionado, afirmou que a execução do projeto representa um sonho sendo realizado na vida dos agricultores familiares do município.
Segundo ele, o Mercado Municipal possibilitará o melhor processamento e comercialização dos produtos produzidos pelos agricultores familiares do município. “É uma dificuldade grande da agricultura familiar hoje em dia, por isso necessitamos deste apoio, tanto das entidades que irão viabilizar o projeto, quando do município que apoia a produção e doou o terreno”. Elírio ainda comentou que o processo para aprovação é bastante exigente, mas que a Cofatol irá trabalhar para que todas as necessidades sejam atendidas.
“É satisfatório ver as coisas em andamento. É o sonho de todos os cooperados e sabemos que isso irá beneficiar também todo o município, que poderá adquirir produtos de qualidade, mais saudáveis, diretamente do produtor”, destacou o presidente. Além do mercado e da área de processamento, como açougue, o projeto contempla uma câmara fria para armazenamento de produtos e uma área administrativa para a Cofatol.
A técnica do Departamento de Economia Solidária do BNDES e responsável pela avaliação do projeto, Alessandra Mineiro, confirmou a necessidade da cooperativa em executar esse projeto. “Fica muito mais fácil analisar o projeto estando no ambiente onde ele será desenvolvido, mas avaliando in loco percebemos que é uma oportunidade muito boa e que é real a necessidade da Cooperativa”. Para Alessandra, o apoio do poder público é um destaque na ação e muito importante para concretização do projeto que será avaliado pelo departamento. “Vamos levar o que vimos aqui e juntar aos dados que temos em papel para chegarmos a uma conclusão. Vimos aqui a participação do poder público, da sociedade civil e de todos os atores locais e isso é muito importante na seleção dos projetos, na escolha do que realmente é essencial para a comunidade”, destacou.
A técnica ainda salientou que a atuação do departamento de Economia Solidária do BNDES tem foco na geração de trabalho e renda como forma de mudar e melhorar a vida das pessoas envolvidas. “Existem muitos componentes para o sucesso do benefício social. O que esperamos dessas parcerias é que, com a geração de trabalho e renda, aumente e dinamize a economia da região, e conseguir que pessoas tenham condições de acessar a determinados serviços”, concluiu.
Para o engenheiro agrônomo da Itaipu Binacional e coordenador do projeto na Fundação PTI, João José Passini, vir a campo foi essencial para avaliar a proposta. “Ficou claro que a proposta é meritória de receber os recursos. A Cooperativa tem a necessidade de sair da área onde estão para evoluir e com a proposta do mercado ela poderá melhor atender o mercado atual e aumentar o seu mercado, abrindo a possibilidade das pessoas virem comprar. Isso significa também aumentar a base de agricultores na cooperativa”, avaliou.
Passini também destacou o apoio do poder público municipal, essencial para o desenvolvimento do projeto. “Tivemos um contato com o prefeito e secretários, e foi muito positivo, pois contar com a administração pública é um ponto muito forte. Tanto na doação do terreno quanto no apoio técnico para os agricultores na produção”, afirmou. Segundo o coordenador, a função da Fundação não é apenas analisar o projeto e repassar o recurso. “O nosso propósito é que o projeto mude a vida das pessoas. Para isso é necessário sim do recurso, mas também da assistência técnica, da gestão de administração e a relação que essa cooperativa tem com diversos segmentos da sociedade”, afirmou.
Em 2014 a Prefeitura formalizou, por meio do Decreto nº 351, a concessão de uma área em favor da Cooperativa de Agricultores Familiares de Toledo (Cofatol), no local será edificado o Mercado Público Municipal. A área está localizada na esquina das Ruas Rui Barbosa e Raimundo Leonardi, ao lado do Terminal Rodoviário Urbano Luiz Grando. O prefeito Beto Lunitti disse o Mercado Público Municipal deve, dentro de sua vocação, promover o acesso das pessoas menos favorecidas a alimentos que contribuam para sua segurança alimentar e nutricional. Beto ainda acrescentou que o Mercado Municipal está deixando de ser algo sonhado para ser uma realização coletiva, apoiada por parceiros como a Cofatol, os Sindicatos ligados ao meio rural e o Instituto Emater.