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GERAL

Município será parceiro de hospital para atendimento humanizado

O município de Toledo será parceiro do Hospital Bom Jesus na Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), desenvolvendo ações nas unidades básicas de saúde para incentivar o parto natural. O trabalho foi discutido nesta sexta-feira (20), durante reunião técnica com os profissionais de saúde, no auditório da prefeitura de Toledo.

20/05/2011 - 14:27


O projeto prevê uma série de ações para o credenciamento do Hospital Bom Jesus entre elas o envolvimento do poder público para garantir um atendimento mais humanizado. A administradora do hospital, a médica Michele Okano, participou do início da reunião, expôs as iniciativas já implementadas e pediu a colaboração do setor público neste processo. ”Nossa preocupação é em dar um atendimento mais humanizado e vem de encontro a proposta do Bom Jesus. Nós, que trabalhamos no atendimento básico, precisamos preparar as gestantes para o parto normal, que é natural e oferece menos riscos para a criança e para o bebê”, diz a secretária municipal de Saúde, Denise Liel, confirmando a parceria. Hoje, além de incentivar o parto natural, nas unidades de saúde também é trabalhada a importância do aleitamento materno e a participação do pai no acompanhamento do pré-natal. Segundo ela, a discussão do tema neste momento é bastante oportuna, pelo grande número de partos cesáreos realizados. Dados estatísticos da Secretaria de Saúde indicam que de janeiro a março deste ano, 75% dos partos realizados em Toledo foram de cesariana. Somente 25% dos nascimentos foram de parto normal.
Conforme Michele Okano, o hospital está tentando cumprir os critérios definidos pelo Ministério da Saúde, através da portaria GM/MS 1.117 de 7 de junho de 2004, para credenciamento como Hospital Amigo da Criança, há cerca de três anos. Entre as ações estão a implantação do banco de leite e incentivo ao aleitamento materno e a contratação de uma fisioterapeuta obstétrica para acompanhamento das gestantes. O trabalho, sem o uso de medicamentos para a indução do parto e episiotomia – corte cirúrgico feito no períneo, a região muscular que fica entre a vagina e o ânus -, reduziu em muito o período de trabalho de parto. O período, que antes era de 8h a 10h, passou para cerca de 2h, informa a médica, ressaltando ainda outro grande benefício. Nenhuma das crianças nascidas no período e acompanhadas pela profissional precisou de encaminhamento para a UTI neonatal. “Tivemos um índice de sucesso de 100%”, avalia a médica, enfatizando os benefícios do parto natural, tanto para o bebê como para a mãe. Segundo ela, no parto normal a criança tem um período para a limpeza dos pulmões, reduzindo os riscos de complicações futuras, e a mãe submete-se a menos riscos de infecções, além de ter uma recuperação mais rápida. Duas profissionais fazem um acompanhamento das gestantes, 24h, recomendando exercícios físicos e apoiando a gestante para que ela tenha o seu bebê de uma forma tranqüila e com menos dor. O parto natural permite uma recuperação mais rápida, além da liberação do leite em menos tempo, facilitando a amamentação.
Conforme ela, é necessário promover uma mudança de comportamento nas pessoas, que não aceitam o parto normal como mais recomendado. “As pessoas vêem de uma cultura antiga. A mãe que teve um parto doloroso, não quer que a filha passe pelo mesmo processo. Hoje temos outras formas de conduzir o parto, com acompanhamento das gestantes, e um atendimento humanizado”, frisa a médica desmistificando um pouco este conceito negativo do parto natural.

 

Da Assessoria - Toledo

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