Alunos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) ocupam desde o início da manhã desta terça-feira (11) o prédio principal do Campus de Toledo. Os discentes protestam em apoio aos estudantes do movimento secundaristas, contrários à reforma do ensino médio; pela não aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que prevê o congelamento de gastos públicos por 20 anos; pela defesa do ensino público e os direitos da classe trabalhadora.
Deliberado em assembleia na última quinta-feira (06), os docentes dos cinco campus da Unioeste deram início a greve na segunda-feira I (11) após o Governo Estadual suspender o reajuste salarial dos servidores. A última paralisação se estendeu por quase três meses.
Na noite desta terça-feira ainda será realizada uma assembleia estudantil para analisar a greve estudantil e a ocupação no campus. A discussão vai ser feita com os estudantes de todos os turnos. “Acreditamos que nossa organização se faz necessária nesse cenário de cortes que estamos vivenciando. As PEC/PL e MP afetam diretamente o nosso futuro, principalmente enquanto futuros profissionais de educação”, relatou a estudante Mariana Witkowski.
Segundo ela, os alunos veem isso como parte de um processo de instituição de um estado mínimo, excluindo uma grande parcela da população dos direitos mais básicos – educação pública de qualidade, saúde e previdência. “O congelamento dos investimentos dos ‘’gastos’’ primários do governo afetam diretamente a vida dos que mais precisam”.
Secretaria de Educação
A Secretaria de Estado da Educação (SEED) informou que, depois das ocupações, as escolas devem apresentar um calendário com a reposição das aulas perdidas. O órgão informou ainda que está acompanhando a manifestação dos estudantes em todo o estado.
A SEED também disse que os canais de diálogo estão abertos, e que, no Paraná, qualquer alteração só será feita após os seminários que serão realizados para discutir a proposta.