Muitos usuários do transporte público urbano foram pegos de surpresa nesta quinta-feira (05). A tarifa, que antes era de R$ 3,15, aumentou para R$ 3,50 (inteira) e R$ 1,75 (meia/estudantes) a partir desta data. O ajuste anual da passagem de ônibus tem a intenção de equilibrar economicamente o contrato de serviço.
De acordo com o assessor de comunicação da empresa Sorriso de Toledo, Caio Gottlieb, há uma planilha de custos para ajustar a tarifa. “Nela constam os cursos trabalhistas, o preço do combustível, pneu, insumos e tudo o que possa entrar no custo”, relatou. Uma planilha é apresentada pela Prefeitura de Toledo, através da Secretaria de Segurança e Trânsito, e outra pela própria empresa. “Ambas as planilhas são apresentadas, comparadas e analisadas, passando por um órgão colegiado para aprovação e depois sancionada pelo prefeito”, explicou Caio.
Ao todo, aproximadamente 15 mil cidadãos utilizam o transporte coletivo por dia no município. A estudante Maria Cecília Campus disse que foi pega de surpresa quando entrou no ônibus para ir ao trabalho. “Eu geralmente levo só o dinheiro certo para pagar a passagem. Quando ouvi o motorista falar que havia aumentado, tive que caçar moedas na minha bolsa para ver se tinha para completar o total”.
Rita Amaral é diarista. “Eu utilizo ônibus para trabalhar, ir ao centro da cidade ou resolver qualquer problema pessoal. O valor está muito alto e com certeza pesa no bolso do trabalhador, que geralmente paga duas passagens por dia” relatou. Januário Rodrigues é pensionista do INSS e concorda que o preço da tarifa está pesado. “Compensa mais andar de moto ou carro do que andar de ônibus”.
Gratuidade nos Transportes Públicos
Uma das polêmicas em relação ao aumento da tarifa também é o mérito da gratuidade no transporte público, que muitas vezes diferencia de município para município. Em Toledo o idoso não paga passagem de ônibus a partir dos 65 anos, já em Cascavel a lei municipal vale a partir dos 60. “As pessoas estão vivendo mais tempo, se aposentam, mas continuam ativas. Esta é uma das discussões mais problemáticas em grande parte do país. A pessoa pode não pagar passagem, mas alguém vai ter que pagar por ela”, fomentou Caio.