Para Mariza, as doenças são endêmicas no Brasil e disse que é utopia afirmar que o Paraná conseguirá erradicá-las. O objetivo é diminuir os níveis para atingir um controle. No Paraná, o índice de brucelose é de 1,73% em ocorrências em animais e 4,01% em propriedades. Em tuberculose é 0,4% em animais e 2,1% em propriedades. Em Toledo, os casos de animais e propriedades com brucelose chegam a 12,3% e tuberculose 0%. “Não quer dizer que não ocorra a doença de maneira alguma. Há casos, porém considerados baixos que na estatística não aparece”.
A médica veterinária, Eliane Sperafico, salientou que estes dados apresentados por Mariza chamaram a atenção do público presente e das autoridades. “Os dados são considerados altos e é um alerta para que possamos trabalhar um programa para que estas doenças sejam erradicadas. Queremos que o Município fique livre destas doenças, porém é preciso o empenho da cadeia. Queremos chegar a 0%, é um desafio nosso junto com o produtor e as demais classes”. Eliane ainda salientou que a equipe vai rever os dados e verificar se o médico veterinário está entregando a vacina na SEAB ou se as vacinas não estão sendo realizadas.
Mariza comentou que o Programa Nacional foi lançado em setembro de 2001. Em fevereiro de 2002 foi lançado o Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose. Na época, o índice de vacinação no Estado era de 3% e aumentou para 64%. No entanto, Mariza explica que o Estado estagnou neste índice. “Contra a brucelose, os produtores devem vacinar os bezerros entre 3 a 8 meses de idade. O problema é que o índice de vacinação é baixo em Toledo, ele atinge somente 46%.dos animais. Diante disto, 54% dos animais estão suscetíveis as doenças”. A profissional salientou que na tuberculose não há vacinação, porém o produtor deve ter cuidado no manejo dos animais.
A médica veterinária, Mariza, afirmou que há muitas propriedades e poucos fiscais no Paraná. “Contamos com a adesão do produtor ao Programa, porque quem perde é ele. Muitos produtores perdem o prazo de vacinação ou na maioria das vezes é descaso do produtor. Ele precisa ter consciência que perder um animal é pior que vacinar”.
GERAL
Médica veterinária da SEAB alerta sobre o alto índice de brucelose em Toledo
A médica veterinária da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), Mariza Koloda, em sua palestra “Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina” – durante o Seminário: Sanidade em Bovinos Leiteios - fez um alerta ao município. Segundo dados da SEAB, os índices destas doenças em Toledo estão elevados em comparação a outras cidades da Paraná e com o Estado vizinho, Santa Catarina, que está livre da vacina de brucelose.
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