Segundo a maestrina Viviane Ribeiro dos Santos, a ideia é que o grupo seja o embrião para uma orquestra de violinos e uma sinfônica. “Iniciamos o trabalho dia 12 de março e estou surpresa com a quantidade de bons músicos que a cidade possui”, explica a jovem de 28 anos, que começou a trabalhar recentemente no município. “Sou de Foz do Iguaçu e fiz a minha formação em Curitiba, na Faculdade de Artes do Paraná (FAP). Há quatro meses assumi a vaga do concurso na prefeitura. Apesar do pouco tempo de ensaio, todos os componentes estão envolvidos com o crescimento musical do grupo. Mais à frente, queremos ter uma orquestra com todos os instrumentos, mas optamos por começar com as cordas que dão mais trabalho, para depois adicionar os sopros”, avalia Viviane, considerando a Virada como oportunidade para a cidade mostrar suas várias fontes culturais num só tempo e lugar. “Esta visão de cultura é super importante. Os eventos são gratuitos e todo mundo têm que aproveitar ao máximo”.
Viola clássica, violoncelo, violinos e percussão compõem a orquestra de câmara. O violoncelista Heitor de Freitas pontua que os músicos toledanos vêm se destacando em outras cidades e que a apresentação de domingo será uma espécie de batismo de fogo. ”Quase todos são iniciantes e ainda não possuem essa experiência de tocar em grupo, uma tarefa que não é fácil. Imagine um casamento, agora multiplique esse relacionamento de duas pessoas por dez para que juntas tirem um som bonito”, compara Heitor, que é músico há 16 anos. “A cultura precisa de recurso, apoio, motivação, portanto é superválido um evento como a Virada, que já acontece em outras metrópoles. Sem dúvida, trata-se de um passo para uma nova visão cultural da sociedade”.
Para a estudante de viola, Mary Anne Nobre Paiva, o público também precisa ir predisposto a ouvir uma boa música e compreender que o trabalho da orquestra está em seu início. “Será uma experiência diferente e a tendência é que com o tempo o grupo vá crescendo gradualmente. A Virada precisa ter sequência para se confirmar como um espaço, onde as pessoas possam mostrar seus dons e talentos”, avalia a jovem de 16 anos, reivindicando que a cultura ganhe cada vez divulgação da mídia e apoio dos poderes públicos.
Da Assessoria - Toledo