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SAÚDE

Especialistas avaliam cirurgia de reconstrução de ligamento

Professores dos colegiados de Fisioterapia e de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) vêm desenvolvendo, em parceria, um projeto de pesquisa que visa demonstrar a eficácia de um novo tipo de cirurgia realizada em pacientes que possuem lesão de ligamento cruzado anterior (LCA). Este ligamento caracteriza-se como uma estrutura que garante estabilidade a articulação do joelho, porém é frequentemente lesado durante atividades esportivas, figurando entre as lesões ortopédicas mais frequentes.

27/05/2011 - 06:28


Recentemente as reconstruções cirúrgicas do ligamento cruzado anterior passaram a contar com o auxílio de um equipamento denominado isômetro, que visa garantir o posicionamento e a tensão ideal do ligamento durante a reconstrução cirúrgica. Apesar de poucas pesquisas terem sido realizadas com o equipamento, teoricamente este poderia garantir uma precisão maior ao procedimento cirúrgico, e se refletir em um processo de reabilitação mais rápido e eficaz.
O projeto de pesquisa dos professores da Unioeste consiste em avaliar as pessoas que estão sendo submetidas ao tratamento com e sem a utilização do isômetro, sendo que vinte pacientes estarão sendo acompanhados em quatro momentos: momento pré-operatório, momento pós-operatório imediato, dois meses após a cirurgia e 6 meses após a cirurgia. O conjunto de pacientes está dividido em dois grupos: o grupo de cirurgia convencional sem a utilização de isômetro e o grupo de cirurgia com a utilização do isômetro. Para acompanhamento dos joelhos operados foram definidos quatro tipos de testes, que objetivam caracterizar cientificamente o estado dos joelhos operados e acompanhar a evolução da reabilitação dos indivíduos. Todos os testes estão sendo desenvolvidos no Laboratório de Pesquisa do Equilíbrio e Movimento do Curso de Fisioterapia da Unioeste.
Os pacientes operados estão sendo acompanhados por fisioterapeutas especialistas buscando garantir o processo de reabilitação de acordo com técnicas convencionais. A fisioterapia é realizada duas vezes por semana na clínica de Fisioterapia da Unioeste, e os testes fazem um acompanhamento da evolução do paciente ao longo do tempo.
Segundo destacaram os professores Fernando Amâncio Aragão, que coordena o Laboratório de Pesquisa e Equilíbrio e Movimento da Unioeste, e Rogério Vituri, responsável pelo procedimento cirúrgico, “este projeto busca registrar a eficácia deste tipo de cirurgia e da reabilitação em cada momento avaliado e pretende-se determinar cientificamente, por meio de testes biomecânicos de equilíbrio, descarga de peso, senso de posição, teste de força e de ativação neural, se a utilização da técnica que faz uso do isômetro efetivamente tem vantagens em relação à técnica convencional, sem a utilização do equipamento”.
O projeto teve início em meados do ano passado e atualmente já possui 18 sujeitos operados e parcialmente avaliados. A previsão de encerramento do projeto é até o final deste ano.
Além de Fernando Amâncio Aragão e Rogério Vituri, fazem parte do projeto os professores: Carlos Eduardo de Albuquerque, Gladson Ricardo Flôr Bertolini e alunos do curso de Fisioterapia da Unioeste. Na avalição de Aragão, “os resultados preliminares ainda estão sendo processados, o que nos toma bastante tempo, mas o projeto já teve 5 trabalhos aceitos para publicação em um dos maiores congressos da área, o XIV Congresso Brasileiro de Biomecânica que será realizado no campus da USP de Ribeirão Preto (SP) ainda este mês”.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social  

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