A psicóloga Andressa disse que o assédio moral juntamente com o excesso de trabalho e as dificuldades nas relações profissionais podem ocasionar na pessoa uma síndrome conhecida Burnout. Ela está ligada a relação do indivíduo no ambiente de trabalho, ou seja, se é um local estressante, se existe uma sobrecarga grande de trabalho, entre outros. “Percebo que a maioria das vezes, o assédio moral acontece com professores e profissões de auto-risco (policial militar, civil, bombeiros). Diante disso, a relação no trabalho fica afetada, a pessoa perde a vontade de estar naquele ambiente”.
Em sua experiência anterior, a psicóloga afirmou que mantinha contato com as pessoas que sofreram assédio moral somente durante o desligamento do funcionário da empresa. “Quando o funcionário está saindo da empresa ele relata muitas situações. Conheci uma pessoa que trabalhou durante 25 anos em uma mesma atividade e empresa e quando mudou de chefia, ele começou a assediá-lo e a equipe, ou seja, gritava com as pessoas no ambiente de trabalho, fazia com que a pessoa se sentisse humilhada e diminuída. O chefe solicitou o desligamento deste funcionário dizendo que não servia para trabalhar na empresa”. Ela ainda salientou que na sua profissão ela não expõe o nome do assediado e nem do assediador. A ação é comunicada a direção para as devidas providências. “Algumas empresas tem o código de conduta um setor de ouvidoria. Os funcionários podem denunciar e seus nomes são reservados”.
Sintomas
Segundo Andressa, o assédio moral não é visto como uma doença, mas pode ocasiona: depressão; transtorno mental; irritação ou situações de suicídios. Estudos realizados com homens e mulheres mostram que 100% das mulheres tem crises de choro quando sofrem assédio moral. Por sua vez, os homens não têm esta reação. As dores generalizadas são iguais em ambos com 80%. Com relação a depressão 70% dos homens são acometidas por esta doença. Na mulher, o dado diminui para 60%. Os homens também são mais vingativos. A pesquisa mostrou que 100% dos homens pensam nesta atitude e as mulheres são apenas a metade (50%). Um dado que chama a atenção é que 18,3% dos homens tentam o suicídio. Este dado na mulher é zero. Ele é 100% nos homens na ideia de suicídio e 16,2% nas mulheres. 63% dos homens passam a beber, as mulheres são 5%.
Tratamento
A psicóloga disse que é papel da organização promover atividades relacionadas a prevenção ao assédio moral. O primeiro passo é a empresa manter os funcionários informados que o assédio moral pode acontecer em qualquer ambiente de trabalho. “O assédio moral existe desde as primeiras relações de trabalho e deve procurar um profissional que possa fazer um diagnóstico para repassar as devidas orientações. Ele pode ser um psicólogo ou psiquiatra quando há a necessidade do uso de medicação”.
GERAL
Assédio Moral: Profissões de riscos e educação são áreas mais frequentes desta ação, afirma psicóloga
O que acontece com uma pessoa que sofre assédio moral nos aspectos psicológicos? A profissional Andressa Dela Justina explicou a Casa de Notícias que existe uma série de fatores, onde cada indivíduo reage de uma forma. No entanto, ela destacou que o foco é a pessoa entender o que o assédio pode ocasionar em seu estado emocional e fisiológico e, principalmente buscar um atendimento especializado.
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