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PIB reduz ritmo de crescimento e demanda da Copa deixa cimento mais caro

Um estudo encomendado pelo Sindicato da Construção Civil do Paraná – Sinduscon sobre a Projeção do PIB da construção civil no Brasil em 2011 revelou que este ano a tendência é de desaceleração. Em 2010, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu a uma taxa real de 7,5%, a construção civil registrou um avanço de 11,6% pelo valor adicionado bruto. Para 2011 a projeção do PIB da construção civil é de crescimento real de 5,36%. Por outro lado, as demandas de materiais para as obras da Copa deixam o cimento mais caro.

02/06/2011 - 20:04


De acordo com o estudo o PIB do setor é influenciado por duas variáveis econômico-financeiras: operações de crédito habitacional (público e privado); e taxa de juros de longo prazo. A TJLP é a principal variável do seu desempenho e fundamental para o setor.

Com o aumento da taxa de inflação, estima-se para dezembro de 2011 uma taxa de juros de longo prazo (TJLP) de aproximadamente 7,45% ao ano. Esse aumento irá reduzir o ritmo de crescimento do mercado imobiliário”, aponta o estudo.

O empresário do setor, Hermes João Inácio avalia que a construção civil na região não deve sentir tanto o impacto da desaceleração.  

“O volume de vendas é satisfatório, apesar de alguns aspectos pesarem contra, como a própria redução de oferta de volume de crédito do Governo Federal que ocorreu neste ano, mas ainda temos o reflexo do que aconteceu no ano passado, o volume de recursos ofertados em 2010 pela Caixa Econômica Federal, ainda está sendo utilizado e com isso produzindo reflexos positivo. Esperamos que 2011 seja um bom ano e que 2012 o Governo volte a injetar um valor considerável na construção civil”.

Outro fator deve interferir no desempenho da construção civil nos próximos anos, o possível desabastecimento de materiais básicos em virtude da Copa. Embora a região não tenha nenhuma obra da Copa, os reflexos serão sentidos de forma indireta. “O consumo de material de construção em nível nacional, em virtude destes investimentos, devem aumentar nos próximos anos. O que não vai acontecer é refletir em vendas na nossa região, mas o preço vai afetar o consumidor, pois vemos que alguns produtos básicos já estão em falta na região”, ponderou Hermes.

Para o empresário, o principal vilão é o cimento matéria prima básica da construção civil. “É o material que mais será utilizado nos próximos dois ou três anos, em todos os investimentos que estão sendo feitos. Existia uma preocupação muito grande com relação a esta demanda. Em Toledo já observamos a falta deste produto. Temos diversas lojas que não tem o material para oferecer. Nós acabamos tendo certa redução. Não temos o produto a disposição como tínhamos anteriormente, e sim, uma cota limitada mensal, a qual deve ser administrada”, avalia.

O desabastecimento e a demanda fazem com que o preço do cimento oscile no varejo. “Se a oferta estiver de acordo com o mercado teremos um preço atrativo. No momento com a ausência do produto, o preço está variando em até 15% do preço inicial de 60 a 70 dias atrás e agora tudo vai depender da questão oferta. Se a indústria colocar o produto no mercado não teremos o aumento, mas se faltar com certeza em muitos produtos o consumidor vai sentir a variação do preço”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Selma Becker com informações do Estudo Econômico X - Projeções para o PIB da Construção Civil, Brasil 2011

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