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PECUÁRIA

Estiagem coloca em xeque estimativa de produção da safrinha, avalia técnico do Deral

Trinta dias sem chuva, isso já preocupa os produtores da safrinha, pois 92% do milho semeado está em período da floração ou formação dos grãos. O Paraná é o maior produtor de milho com uma expectativa de 7,420 milhões de tonelada para esta safra, destes 1,680 milhão de toneladas deve ser produzido na região. Mas a estiagem certamente já comprometeu esta estimativa.

04/06/2011 - 11:06


O técnico do Deral, João Luis Raimundo Nogueira avalia que o cenário ainda é bom, mas preocupante pela falta de chuvas. “Preocupa porque temos uma estimativa de produção de 1,680 milhão de toneladas de milho. É uma produção importante não só para a região, mas vendemos para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina onde estão as agroindústrias de frango e suíno e que demandam muito milho”.

Segundo Nogueira, a estiagem deixou o setor produtivo apreensivo em relação aos números estimados. “Nós do Departamento de Economia Rural já começamos refazer os cálculos, mas já achamos que será difícil atingirmos 1,680 milhão de toneladas de milho. A nossa produção é muito importante pois ela representa cerca de 20% da produção safrinha do Paraná e estes 20% já estão em cheque devido a estiagem”.  

Se uma safra menor preocupa o abastecimento interno de toda a cadeia produtiva, o mercado internacional se coloca como alternativa ao produtor, pois a alta demanda pelo grão, os baixos estoques internacionais, o atraso do plantio na safra americana e a inundação do Rio Mississipi nos EUA, mantêm os preços elevados, tornando as exportações cada vez mais atrativas. “O milho está em falta no mercado hoje. Os estoques internacionais são os menores da história e os preços estão elevados e, além disso, vivemos uma produção de risco que é o milho safinha”.

O técnico do Deral, João Luis Raimundo Nogueira adverte que não só as produções de milho e soja ganham destino internacional, mas o trigo brasileiro está bem cotado no mercado exterior.  “Enquanto o mercado interno não oferece nem o preço mínimo, para exportação o nosso trigo fecha em até 10,40% acima do preço mínimo”.

Você acompanha a entrevista completa com o técnico do Deral em vídeo.

Por Selma Becker

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