Com o apoio do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), o Conselho de Sanidade Agropecuária (CSA) de Matelândia, lançou, nesta quarta-feira (24), a Campanha de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal.
As peças publicitárias, os vídeos que serão veiculados nas redes sociais bem como as ações a serem realizadas no município na tentativa de reduzir a incidência dessas doenças na região, foram apresentadas no CTG Querência Nova Matelândia.
Os materiais chamam a atenção do produtor sobre os perigos e dá dicas sobre como manter o rebanho seguro. Uma das soluções é vacinar as bezerras bovinas e bufalinas e realizar os exames preventivos. E no caso de não vacinarem, adequadamente, os animais na idade entre três e oito meses, o produtor pode ser autuado.
Pesquisas apontam que 8% do rebanho do Oeste do Paraná esteja contaminado.
“A atividade do CSA de Matelândia é elogiável e todos os municípios deveriam replicar. É possível reduzir o índice de brucelose e tuberculose nos rebanhos e minimizar os prejuízos. Para isso, é necessária a transferência de conhecimentos e propor ações que visem a prevenção, o diagnóstico, o controle e, com isso, a erradicação”, disse Elias Zydek, vice-presidente do POD.
Em humanos
Segundo e médica veterinária Giovana Brückmann, é preciso ficar atento, por que tanto a brucelose quanto a tuberculose podem ser transmitidas aos humanos através do leite ou carne. Ou seja, a sanidade agropecuária é também uma questão de saúde pública, não só pelo consumo dos alimentos, como também pelos riscos de contaminação das pessoas, durante o manejo dos animais, por exemplo.
O vice-presidente do POD destacou que nem todo o produto sofre o tratamento adequado, como a pasteurização, por exemplo, que destrói as bactérias. Assim, quem toma leite cru ou quem consome queijos artesanais correm o risco de ser contaminados.
Outro problema é a redução da produtividade das vacas em até 50%. Em casos avançados de tuberculose, há perda também das carcaças.
“Quando a vaca está doente, ela produz menos. Conquistar um status sanitário adequado é fundamental para a nossa região. Só assim seremos mais competitivos”, explica Zidek.
Sintomas
As bactérias da brucelose são transmitidas para o ser humano quando entra em contato com o animal infectado pela bactéria (contato direto com alguma secreção), seja consumindo a carne contaminada ou inalando o ar infectado. A causa mais comum é pela ingestão de alimentos derivados do leite não pasteurizado.
É preciso ficar atento, pois os sintomas da brucelose são parecidos com o da gripe, mas com alterações da memória, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dores musculares (principalmente costas e abdômen), fadiga, fraqueza, febre alta recorrente, tremores, entre outros.
A campanha conta também com o apoio da Secretaria de Agricultura de Matelândia, Associação Comercial e Empresarial de Matelândia (Acima), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
Mais informações: www.oesteemdesenvolvimento.com.br