A indicação do advogado Sérgio de Souza a suplência de Gleisi ou Rodrigo Rocha Loures como vice de Osmar Dias fazem parte da articulação de renovação partidária intuída por Pessuti. “Não podemos viver do saudosismo, não podemos viver somente da citação dos nomes memoráveis que o nosso partido teve no passado. Nós precisamos a cada dia trazer lideranças. Quando fazemos uma reunião como esta para discutir o PMDB e a fazemos na presença de outros partidos é uma forma de oxigenar as discussões dentro do partido, ou seja, fazê-la mais aberta, mais transparente e visível para aqueles que queremos que continuem sendo os nossos companheiros, porque temos o nosso partido mãe, o PMDB e temos um partido irmão, primo e todos precisam ser cuidados”.
O presidente do diretório do PMDB Toledo, Beto Lunitti referendou as palavras de Pessuti dizendo que a oxigenação partidária pretende fortalecer a sigla no estado e também no município. “Oxigenar significa a presença de novos filiados, mas também rever alguns posicionamentos que o próprio partido teve ao longo de sua história: evoluindo e propondo ideias diferentes no contexto de planejamento do Município e apresentando um projeto exeqüível e, com certeza, poderemos apresentar ao eleitor juntos com os demais partidos e faremos com muita propriedade”.
E é pensando nas eleições de 2012 que dirigentes se revezaram em discursos, mas na mesma linha. O deputado estadual Elton Welter (PT) foi enfático ao defender o fortalecimento da frente de partidos. “Estamos trabalhando firme para que os partidos saiam fortalecidos, pois queremos um projeto que atenda os interesses coletivos. Estamos fazendo uma boa aliança e com certeza venceremos as eleições. Divididos não vamos ganhar as eleições. Todos sabem da minha vontade de concorrer ao executivo, mas estou disposto a adiar este sonho, para que possamos ganhar as eleições já em 2012”.
Pessuti afirmou que, se em 2008 estes partidos estivessem juntos, certamente teriam vencido as eleições. “Em 2008, lutei para que PT, PMDB e os outros partidos formassem uma frente para a disputa municipal. Não obtivemos êxito, mas agora teremos. Nós haveremos de caminhar lado a lado. O Beto Lunitti é um nome que desponta para a disputa Municipal, porém pode ser que outro nome apareça. Tenho certeza que o nome escolhido para esta a frente será o nome vencedor nas eleições do próximo ano”.
Lunitti destacou que para a eleição de 2012 está sendo articulado e formatado o ‘time no vestiário’, ou seja, antes de iniciar a partida. “Isto está sendo importante e profícuo em um projeto positivo para Toledo. O PT e PMDB são partidos importantes, mas os demais partidos da coligação (PDT, PSC, PR e outros que poderão vir) vão estar no vestiário, pois é ali que começa o trabalho tático, a estratégia e o formato do time para colocar em campo sempre aquele que pode marcar o gol, ou seja, além de ter um toque de bola importante, queremos marcar e fazer uma goleada”.
O deputado federal Moacir Micheletto reforçou a necessidade do fortalecimento da frente de partidos e defendeu que ninguém governa sozinho. “Toledo é uma cidade estratégica não só para o Paraná, mas para o Brasil. Precisamos resgatar a esperança e construir um grande projeto social para esta cidade. Para isso é preciso rejuvenescer o partido e seguir na construção deste projeto de oposição. A justiça não socorre os que dormem, por isso já estamos organizando as eleições”.
O ex-governador Orlando Pessuti retrucou as críticas governistas de que o governo do PMDB teria deixado uma herança maldita para o Estado. “É só verificar a estrada que fizemos daqui para Quatro Pontes, a duplicação Toledo-Cascavel, a construção do Centro de Juventude e de escolas, o IML, os milhões de reais que liberamos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e a trincheira que está sendo construída. Tudo isso são ações que nós fizemos em favor de Toledo e do Oeste. Deixamos a Ferroeste, estradas, escolas e Polícia Militar melhor do que recebemos. Deixamos o Paraná melhor do que encontramos e Toledo é testemunha disso, porque aqui temos um Batalhão da Polícia Militar, a Força Alfa na Fronteira e mais policiais militares e bombeiros a serviço desta região. Portanto não são verdadeiras as afirmações que fazem que deixamos uma herança maldita, e sim, deixamos uma herança bendita de obras e recursos programados para as prefeituras desta região”.
Por Selma Becker