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SAÚDE

Dr. Jadir defende que lei do SUS seja flexibilizada

O conhecimento acumulado em mais de 40 anos dedicados à saúde pública credencia o médico Jadir de Mattos, vice-prefeito de Cascavel, a sugerir mudanças profundas no SUS (Sistema Único de Saúde) para que funcione efetivamente e não seja mais um motivo de filas de espera para cirurgias eletivas, atendimentos especializados e exames.

13/06/2011 - 07:44


Para Dr. Jadir, é necessário repensar o sistema como um todo. “Em tese, o SUS tem como proposta o melhor sistema público de saúde do mundo, mas da teoria para a prática há uma longa distância”, destaca. Segundo ele, é utopia um país com 190 milhões de habitantes se propor a oferecer saúde gratuita e universal. “Em nenhum país do mundo há relato de algo semelhante”, lembra. 

A ideia é diferenciar por renda o público que tem acesso ao SUS. Quem possui mais condições financeiras, poderia ajudar a custear metade das despesas, ou 100% do valor que o SUS paga por procedimentos. Pessoas que optem por permanecer sozinhas em um leito hospitalar, em detrimento às enfermarias coletivas, deveriam desembolsar recursos para o benefício extra, conforme é a opinião do vice-prefeito de Cascavel. “Quem comprovadamente não pode pagar, está inscrito nos cadastros sociais e recebe subvenções como o Bolsa-Família, estaria isento do pagamento de qualquer valor”, observa.

Dr. Jadir vai propor a ideia para o deputado federal Alex Canziani, presidente estadual do PTB, do qual pertence, e também aos deputados federais e estaduais da bancada oestina. “É preciso de uma vez por todas acabar com a hipocrisia, que só resulta em mortes de pessoas à espera de atendimento, que se acumulam nos corredores e mostram a falência do estado nesta área”, destaca.

Segundo ele, hoje um procedimento de baixa complexidade em hospital privado conveniado com o SUS gira em torno de R$ 400. Caberia então ao paciente que prefere ficar sozinho no apartamento o repasse de igual valor. “A classe média há muito anseia por isso e é parceira quando se trata em obter o melhor do atendimento possível, porém a legislação não permite qualquer tipo de cobrança. É preciso mudar a Constituição Federal e permitir a diferenciação por faixa salarial, como era até tempos atrás, e não sei porque foi modificado e desde então surgiu o caos na saúde”, diz.

Da assessoria

 

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