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GERAL

Autoridades pedem apoio de vereadores a presídio industrial

Autoridades da área de segurança pública e o Conselho da Comunidade estiveram reunidos com os vereadores na Câmara de Toledo na tarde desta quarta-feira (15), pedindo apoio ao projeto de um presídio industrial. A juíza da Vara Criminal Luciana Lopes do Amaral Beal, o promotor Giovani Ferri e o delegado-chefe da 20ª Subdivisão Policial, Antônio Donizete Botelho, expuseram a situação da questão carcerária em Toledo, que compararam a “um barril de pólvora”, e a possibilidade de solução através de uma alternativa com maior segurança.

15/06/2011 - 16:04


Segundo a juíza Luciana, até algum tempo ela mesma não era receptiva à ideia, mas o delegado Donizete Botelho trouxe novamente a questão a partir de levantamento dos presos na Cadeia Pública e a Secretaria de Justiça e Cidadania ofereceu a alternativa de atender a região com uma unidade de presídio industrial. No dia 6 a juíza esteve com a secretária Maria Tereza Uille Gomes, a qual demonstrou preocupação com os 800 presos da microrregião de Toledo e vontade de resolver o problema, segundo relatou. Por conta disso ofereceu o presídio industrial e vem a Toledo na segunda-feira, dia 20, para visitar áreas e ir a Guaíra. Segundo a juíza Luciana a unidade vai atuar na reciclagem da construção civil, produzindo canaletas, paver e outros produtos, usando cimento, ferro e areia e a mão-de-obra dos detentos, que ganharão ¾ do salário mínimo e terão redução da pena de acordo com os dias trabalhados.
O promotor Giovani Ferri disse que gostaria de estar construindo Centros da Juventude e escolas, mas a realidade exige uma solução. Ele lembrou que a Cadeia Pública de Toledo tem capacidade para cerca de 30 presos e tinha semana passada 204 detentos e o número foi reduzido para 190, mas do jeito que está “não reeduca ninguém, é depósito de gente”. O promotor disse que hoje 50% do tráfico de drogas da região passa pelo município e há células do crime organizado e isso exige medidas para garantir a segurança da cidade. Ferri, assim como a juíza Luciana e o delegado Donizete Botelho, pediu o apoio dos vereadores ao projeto, afirmando que em Toledo o presídio industrial ficaria no meio da região, mas a palavra final será dada pela Secretaria de Justiça e Cidadania após análise técnica.
O presidente da Câmara de Toledo, Adelar Holsbach, agradeceu a vinda das autoridades e do presidente do Conselho da Comunidade, Ramassés Mascarello, para expor o projeto aos vereadores e disse que diante de sua importância decidiu por um reunião ampla. Também participaram os vereadores Luís Fritzen, João Martins, Renato Reimann, Leoclides Bisognin, Expedito Ferreira, Eudes Dallagnol, Rogério Massing e Ademar Dorfschmidt, os quais fizeram indagações e manifestaram preocupação com a segurança pública. O assessor de Governo Alceu Dalbosco acompanhou também a reunião. “Não estaríamos pleiteando isso se não fosse algo em prol da segurança de Toledo e da região”, afirmou Luciana Lopes do Amaral Beal, acrescentando que quanto mais cedo a questão carcerária for enfrentada maiores são as chances de êxito.
O presídio industrial teria capacidade para 800 presos e atendimento paralelo a mais 300 em regime semi-aberto, contando com 80 a 100 agentes penitenciários e ocupando uma área em torno de 48 mil a 50 mil metros quadrados. O presidente do Conselho da Comunidade, Ramassés Mascarello, disse que o projeto vem bem ao encontro do que a instituição prega, de que o trabalho pode mudar as pessoas. Segundo ele essa ideia tem sido aceita pelos empresários que apoiam o projeto desenvolvido na Cadeia de Toledo através do Barracão Industrial, onde os presos trabalham. Ele porém disse que nos últimos meses vive o temor de que em breve a estrutura montada para o trabalho acabe sendo destinada para acomodar mais presos, devido ao crescimento do total de detentos.
O delegado Donizete Botelho disse que hoje a Cadeia Pública é um verdadeiro barril de pólvora no centro da cidade e isso precisa ser resolvido para que não se corra risco de algo como o ocorrido na noite de terça-feira em Palotina, onde uma tentativa de resgate de assaltantes de bancos presos mobilizou inclusive a Força Alfa e o Grupo de Diligências Especiais-GDE, da 20a SDP.
O presidente da Câmara, Adelar Holsbach, comentou que a cidade cresce, a população aumenta, as coisas boas vêm e as coisas ruins também. A juíza Luciana disse que Toledo não tem histórico de rebeliões com reféns, fugas e outras ocorrências envolvendo presos devido ao trabalho do Conselho da Comunidade, mas este tipo de problema pode ser visto bem próximo, onde não há essa atuação. Para a juíza é preciso decidir o que é melhor: manter a situação do jeito que está e agravando a superlotação ou colocar os presos em local seguro e com estrutura para recebê-los.

 

Da Assessoria

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