Quem não tem uma cicatriz no corpo, por menor que seja? Não importa o motivo. Pode ser por uma traquinagem de criança ou algo mais sério, como queimaduras ou lesões de pele. No entanto, existem casos em que o tamanho e aparência dessas marcas podem causar constrangimento, principalmente se estiverem muito expostas, como no rosto, ombros ou braços. Mas calma, é possível solucionar o problema por meio de cirurgia plástica. O procedimento reparador remove cicatrizes ou queloides – cicatrizes elevadas oriundas de um trauma da pele –, devolvendo o bem-estar pessoal e elevação da autoestima.
O procedimento pode ser realizado com uma anestesia geral, local ou por sedação. A retirada da cicatriz ocorre por meio de incisões, em que o cirurgião plástico remove toda a fibrose e o tecido cicatricial, não atingindo o tecido gorduroso da pele. Após o corte, na parte interna são feitos pontos absorvíveis, enquanto na parte externa podem ser realizados pontos simples.
De acordo com o cirurgião plástico, o paciente também pode fechar inteiramente o corte cirúrgico por meio de uma fita biológica com cola. "Este método permite que a pessoal possa tomar banho e molhar a região da cirurgia no mesmo dia". Após a cirurgia, o paciente deve ficar em repouso e evitar tensão no local operado. A recuperação ocorre aproximadamente em duas semanas, entretanto, o paciente pode retornar às atividades na primeira semana caso não exija muito esforço.
Queloides
Os queloides são mais propensos a surgirem nos ombros, dorso, queixo e na parte inferior das penas. "Pessoas asiáticas e negras são as mais afetadas por este tipo de cicatriz", comenta o cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Tiago André Ribeiro ao salientar que indivíduos entre 10 e 30 anos correm mais riscos de desenvolverem a lesão, do que crianças e adultos mais velhos.
Pós-cirúrgico
Tiago Ribeiro destaca que os queloides podem voltar após a cirurgia. "Por isso, é importante realizar um procedimento complementar após a remoção". Dentre as alternativas está o procedimento de betaterapia – um tipo de radioterapia localizada que deve ser feita até dois dias após a cirurgia – ou pela aplicação de corticoide e placas de gel ou silicone. "Em ambos os casos, o paciente deve ter acompanhamento médico para agir em qualquer sinal de retorno da lesão", conclui o especialista.
Sobre Tiago Ribeiro
Cirurgião Plástico especialista pelo Hospital Santa Marcelina, de São Paulo, Tiago André Ribeiro é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). É membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Atende nas cidades de: Toledo e Marechal Cândido Rondon, no Paraná. Mais informações no site: http://clinicatiagoribeiro.com.br/