Casa de not%c3%adcias   1144 x 150

COOPERATIVISMO

O Cooperativismo mundial cresce também em tempos de crise

A exemplo da Ucrânia, Afeganistão, Coréia do Sul, México e Estados Unidos o cooperativismo no Brasil cresce exponencialmente

25/06/2018 - 22:51


O futuro do cooperativismo é promissor, desde que não se desapegue dos valores dos seus fundadores que é a perenidade do empreendimento e não vá para o mercado especulativo. A afirmação é do Presidente da SicrediPar e da Central Sicredi PR/RJ/SP, Manfred Alfonso Dasenbrock, em coletiva à imprensa, na tarde desta segunda-feira (25). Ele falou também sobre o cenário econômico nacional e internacional e os impactos no cooperativismo.

Dasenbrock esteve em Toledo atendendo convite da Sicredi Progresso PR/SP para cumprir diversas agendas, entre elas a abertura dos trabalhos com os Coordenadores de Núcleos. “Estamos iniciando a rodada de reuniões com os coordenadores de núcleos, onde estamos nos preparando para a sucessão de conselheiros fiscais e administrativos. Vamos iniciar as reuniões nesta terça-feira (26)”, comentou o Presidente da Sicredi Progresso PR/SP, Cirio Kunzler.

O presidente da Central Sicredi destacou que apesar do cenário econômico incerto, eles apostam no fortalecimento do cooperativismo. “O cooperativismo de crédito, no mundo inteiro, tem se mostrado muito eficaz nas crises. Tem saído fortalecido porque ele preza o bem comum e fixa os valores cooperativistas nestes momentos mais críticos”, advertiu Manfred Alfonso Dasenbrock.

A valorização do dólar nos Estados Unidos, na perspectiva da região, não chega ser um problema e que o Brasil conta com uma boa reserva da moeda, ocupando a quinta ou sexta posição mundial. A primeira maior reserva pertence a China. “Nós teremos um dólar mais fortalecido e as moedas regionais mais fracas. Se olharmos da perspectiva da nossa região, do agronegócio, uma região exportadora de proteína vegetal e animal, apesar do impacto do Carne Fraca, sobretaxação da China e o problema da paralisação dos caminhoneiros, o impacto está sendo amortizado por este dólar mais forte. E a nossa capacidade de exportação continua. Os economistas acreditam que devemos passar mais incólume dessa crise e o cooperativismo tende a se fortalecer muito nesta hora”, avalia Dasenbrock.

O presidente da Central Sicredi PR/RJ/SP acredita que o cooperativismo pelo seu espírito de colaboração e solidariedade se diferencia em momentos adversos. “Nos momentos de pujança, às vezes prevalece à avareza, é a dinâmica do capitalismo no mundo inteiro. Com o cooperativismo é diferente. Vimos recentemente na Ucrânia que esteve em guerra com a Rússia, o cooperativismo se fortaleceu, o mesmo ocorreu no Afeganistão, Coréia do Sul, México... Nos Estados Unidos, na crise de 2008 e 2009, aumentou em 10 milhões o número de associados ao cooperativismo no país. Hoje são 112 milhões. Os Estados Unidos é o maior país capitalista do mundo, mas é também o país que tem o maior número de cooperativas no mundo, quase 50% da população americana é associada ao cooperativismo. Nós vamos passar bem pela crise, desde que não percamos o foco de servir as pessoas e não ir para o lado da avareza que é um lado crítico do capitalismo”, avaliou Manfred Alfonso Dasenbrock.

Crescimento da Sicredi

É o foco nas pessoas e no desenvolvimento das regiões que tem feito o Sicredi crescer.  “Este é o principal foco, atender a necessidade do sócio e a segunda questão é você reaplicar todo o recurso captado na região. O dinheiro daqui é aplicado aqui, e isso, por si só, gera novas oportunidades de emprego e renda, a geração de resultado fica para o associado”, defende Dasenbrock.

Cenário político

O Cooperativismo tem se organizado para garantir a sua representação nas instâncias de poder, mas o foco deve se manter na eleição dos parlamentares, já que a eleição presidencial deve ser definida em um segundo turno, mediante coalizão política. “O Cooperativismo tem uma frente parlamentar chamada Frencoop que é ampla, hoje cerca da metade dos deputados votam com o cooperativismo, o exemplo disso foi o PL100, que permitiu que as cooperativas passassem operar com as prefeituras, aprovado por unanimidade no Congresso e no Senado. Para esta eleição, nosso foco é continuar tendo deputados e senadores identificados com nossa causa, aqueles que sejam associados, que conhecem o cooperativismo, que saibam defender e argumentar junto aos outros setores, que sejam nossos porta-vozes”, defendeu o Presidente da SicrediPar e da Central Sicredi PR/RJ/SP, Manfred Alfonso Dasenbrock.

Sem nome %28550 x 250 px%29
Casa de noticias 550x250p