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AMBIENTE

Autoridades e lideranças observam investimentos em aterro durante café da manhã

Autoridades, lideranças, estudantes da escola ecológica Ari Arcássio Goesller e membros da imprensa venceram na quarta-feira, 22, um desafio. Sobre uma área de lixo, com altura de 18 metros, que integra a primeira cédula do aterro sanitário municipal, eles tomaram um café da manhã, a convite da administração municipal. A prefeitura queria mostrar os investimentos feitos na recuperação do local, que ganhou cobertura de grama, última etapa do aterro sanitário, entre outros investimentos como a instalação de queimadores do gás metano.

22/06/2011 - 11:10


“Queríamos mostrar que é possível ter um local como este, sem mosquitos, urubus ou outros animais, sem odor e famílias de catadores de lixo, com se via há 20 anos atrás, antes de iniciar este trabalho. Nos últimos anos foram feitos investimentos que transformaram e recuperaram estas áreas”, comenta o prefeito de Toledo, José Carlos Schiavinato, relembrando situações em que era necessário o uso da força para retirar famílias que insistiam em catar materiais no aterro. Hoje isso não mais ocorre. Para a manutenção da área são investidos cerca de 44 mil mensais, além de custos adicionais com a instalação de geomembrana – que impermeabiliza o solo - e outras estruturas.

No café também foram anunciados outros investimentos, como o aproveitamento do gás metano para a movimentação de uma bomba para recirculação do chorume, líquido formado na decomposição do lixo. A energia também deverá ser aproveitada para a movimentação de esteira e outros equipamentos para a separação de recicláveis pela associação de catadores, instalada no aterro sanitário. Hoje o trabalho é mais manual e a intenção é agilizar a ação, reduzindo a necessidade de mão-de-obra.

O programa de reciclagem, segundo o prefeito de Toledo, deverá receber novos investimentos. A prefeitura já encaminhou ao Conselho do Meio Ambiente um pedido para a liberação de recursos para auxiliar na compra de 50 containers que serão instalados inicialmente na área central da cidade para a separação e recolhimento de recicláveis. Gradativamente o projeto, que deverá ser implementado em cerca de 6 meses, será expandido para outros bairros. A prefeitura está solicitando a destinação de R$ 350 mil do Conselho para investir no projeto de reciclagem.

 

 

Reciclagem

O centro de separação existente junto ao aterro e administrado pela associação de catadores de recicláveis também deverá ser ampliado para facilitar o trabalho. O barracão será ampliado em 300 metros e terão adquiridas esteiras e prensas para facilitar e agilizar o trabalho. Um novo caminhão prensa também deverá otimizar o recolhimento dos materiais na cidade, levando até o centro de separação, e será desenvolvido um programa de educação ambiental para incentivar as famílias a fazer a separação. “Precisamos a colaboração da população para reduzir o volume de material encaminhado para o aterro sanitário para assegurar uma maior vida útil. Queremos reduzir em 50 por cento o volume total recolhido hoje”, comentou o prefeito. O material deve ser entregue limpo e seco e para isso é fundamental a participação das famílias.

O aterro sanitário, com o volume atual recolhido, que chega a 80 toneladas por dia, e a perspectiva de crescimento do volume, com o aumento da população e da capacidade de consumo das pessoas, tem sua vida útil estimada até 2016. O projeto inicial do aterro, que entrou em operação em 2002, era de 16 anos.

Paralelamente ao trabalho que deverá ser feito, visando o aumento da capacidade de aproveitamento de recicláveis, a prefeitura de Toledo está trabalhando em conjunto com outros municípios da região para a implantação de uma usina para a transformação dos resíduos em geração de energia. Com o novo sistema, explica o prefeito, aumenta ainda mais a responsabilidade do município na reciclagem dos materiais, uma vez que a prefeitura deverá pagar pelo volume entregue para a usina diariamente. Quanto maior o volume, maior o custo para o município. A alternativa, que já está sendo discutida e conta com a formalização de um consórcio entre os municípios, é a alternativa que está sendo adotada em países de primeiro mundo para destino final dos dejetos.

Ainda neste ano, prefeitos que fazem parte do projeto deverão conhecer experiências existentes na Europa para o destino final dos dejetos.

 

 

Apoio

Lideranças presentes ao café da manhã elogiaram a administração municipal pelo trabalho desenvolvido na recuperação da área e ressaltaram a importância da preservação ambiental, do reaproveitamento dos recicláveis e a necessidade de reduzir o volume de lixo produzido para evitar maiores danos ao meio ambiente. Segundo o promotor do Meio Ambiente, Giovani Ferri, a vida útil do aterro sanitário de Toledo poderia ser maior, se fossem tomados todos os cuidados técnicos recomendados desde o início. O presidente do Conselho do Meio Ambiente, Robert Hickson, ressaltou os custos elevados de um aterro sanitário, que poderiam ser investidos em outras áreas como saúde e educação, se a população fosse mais consciente da necessidade de reciclar e de reduzir o volume gerado.

Impressionado com os investimentos no local, que dão ao aterro condições técnicas necessárias ao seu adequado funcionamento, sem a presença de animais e de catadores de lixo, o deputado federal Dilceu Sperafico disse que vai divulgar o café da manhã realizado em Toledo na Câmara dos Deputados, como forma de expor o que está sendo feito. Ele reforçou que o trabalho sério feito pela administração municipal em Toledo tem resultado em inúmeros benefícios para o município, com investimentos federais na construção de creches, escolas, pavimentação rural, entre outros, graças à seriedade e competência da administração municipal.
Em nome dos vereadores, o presidente da Câmara Adelar Holsbach, parabenizou a administração municipal pelo trabalho e colocou o Legislativo à disposição.

 

Da Assessoria

 

 

 

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