O empresário Eranir Souza Alves, o Tito, conta que começou no ramo gastronômico aos 17 anos, primeiro como pizzaiolo em Porto Alegre-RS, e depois como garçom. “É um profissional que precisa ter postura, cuidar da aparência e principalmente estar antenado ao movimento do salão no restaurante”, afirma o dono do Filezão, que já contratou quatro jovens oriundos do curso para garçons oferecido pelo Agente Jovem. “Venho de origem humilde, saí da roça e sei a dificuldade que eles enfrentam”, identifica-se Tito.
O professor Walmor Ribeiro, mais conhecido como Japa, destaca que um bom garçom nunca fica parado e pode conseguir rendimentos de até R$ 1,5 mil. “Ele trabalha a qualquer hora, seja em festas, bares, restaurantes. Engana-se quem pensa que a atividade pode ser feita por qualquer um. A pessoa precisa estar preparada para prestar um bom atendimento”, frisa Japa, destacando que vários alunos do Agente Jovem, após o curso de 40 horas, já estão atuando nos estabelecimentos da cidade. “O garçom, antes de tudo, deve ser comunicativo. Entender aquilo que o cliente quer”.
Morador do Jardim Panorama, Dick Farney fez o curso do Agente Jovem, oferecido pela Secretaria de Assistência Social, e hoje é um dos garçons do Filezão. “Há dez meses que trabalho aqui. Acredito que disciplina seja a maior qualidade de um garçom”, pontua o jovem de 16 anos, afirmando que não conseguia encontrar trabalho em outras áreas. “Deixei meu currículo, com o certificado do curso, e dois dias depois já me chamaram pra trabalhar. No futuro, quero estudar administração e quem sabe montar meu próprio restaurante”.
Da Assessoria - Toledo
