Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), de setembro traz dados positivos para Toledo. No último mês houve acréscimo na evolução de empregos formais. O município fechou com 1.508 admissões contra 1.365 desligamentos, resultando saldo positivo de 143. O setor de serviços foi o que se destacou com 576 contratações, 507 desligamentos e 69 novos empregos formais.
O diretor da Agência do Trabalhador, Valduir Fernando, destaca o setor de serviços e aponta uma tendência de crescimento nos próximos meses. “Por motivos das festividades de fim de ano são contratados funcionários temporários nas empresas, o que faz o dinheiro que está no município girar dentro da própria cidade, fazendo a economia crescer”.
Conforme o economista Jandir de Lima, esses números representam uma retomada de empregos formais no município. Porém, ele chama atenção para dois fatores. “O primeiro é que o setor de nutrição animal desligou no primeiro semestre 300 funcionários, um fato isolado onde a empresa está em situação financeira difícil. Outro caso é outra empresa que trocou de controlador e está em recuperação judicial, diante disso não fez grandes contratações. A expectativa é que isso se resolva e no ano que vem retorne essas contratações. Então foram dois casos específicos na área agro industrial que afetaram a empregabilidade no município”.
Ele complementa que o fator positivo dos postos de trabalho demonstra que Toledo não está em recessão, mas em recuperação. “Algumas atividades diminuíram o ritmo, mas o que está travando a economia do município são os preços das commodities agropecuárias que caíram no mercado internacional e fez com que a renda dos agricultores diminuísse. O segundo fator é o período eleitoral que traz a incerteza no âmbito da economia, o que pode incentivar ou prejudicar os investimentos. O terceiro fator é o cenário internacional, novamente a questão do protecionismo americano, guerra comercial pressionando o câmbio, incerteza nos exportadores”.
Na avaliação do economista, este saldo positivo ainda é modesto, mas já é importante nesse fim de ano. “Logo vêm as contratações temporárias e a grande virada será em março quando saem os temporários e vem os permanentes”.