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EDUCAÇÃO

Projetos de funcionários fazem a diferença na realidade escolar

Embora não atuem em sala de aula, os funcionários das escolas também são considerados educadores. Sua contribuição para o processo educacional vai desde a manutenção de um ambiente escolar agradável e o cuidado com a documentação escolar dos alunos, ao apoio técnico aos professores em ambientes pedagógicos como os laboratórios e bibliotecas. Nos corredores das instituições de ensino, os funcionários educam os alunos através do diálogo, do exemplo, e com atividades proativas podem mudar a realidade das escolas.

29/06/2011 - 13:09


Um exemplo disso está acontecendo em dois colégios de Toledo, onde os funcionários estão realizando projetos na área de informática e de literatura.

Passo a passo na Informática
No Colégio Estadual Ayrton Senna, o administrador de tecnologias educacionais, Jorge Devanir Bregolato, vem auxiliando os estudantes acerca de como manusear o computador em suas pesquisas e elaboração de trabalhos. O projeto de informática criado por Jorge recebeu o apoio de alguns professores que já abraçaram a ideia e firmaram uma parceria com ele. O funcionário esclarece que a intenção é fazer um trabalho gradativo para alcançar todas as turmas até o final deste ano. “Já conversei com muitos professores, e aqueles que entenderam a proposta já me procuraram e estamos fazendo um trabalho que com certeza vai trazer bons resultados”, diz ele.
Jorge diz a que ideia partiu da constatação de que, embora os alunos tenham familiaridade com a internet, não sabem fazer corretamente as pesquisas e não formatam os trabalhos que apresentam aos docentes. “Eles entendem de jogos interativos, MSN, Orkut e outras redes sociais, mas não aprenderam a configurar os materiais pesquisados”, informa o administrador local, complementando que as aulas disponibilizadas “acordam” os alunos para outras formas de trabalhar com a Net, quando descobrem que não sabem o que pensam saber. De acordo com o funcionário, os discentes querem demonstrar que sabem tudo sobre a tecnologia, mas quando se deparam com a novidade do passo-a-passo da formatação padrão de trabalhos, eles descobrem suas limitações e prestam atenção no que está sendo ensinado.

Incentivo a Leitura
Já no Colégio Estadual Novo Horizonte, o projeto dos funcionários é na área de literatura. As bibliotecárias Geovana Aparecida Dias e Vanilda de Souza Silva perceberam que era necessário fazer algo para incentivar os alunos ao hábito da leitura.  “A ideia de fazer algo diferente para incentivar os alunos a lerem surgiu nas aulas do Profuncionário, conversando com colegas de outras escolas, que já desenvolvem projetos de incentivo a leitura”, relata Vanilda. Ambas as funcionárias são cursistas do curso técnico em Biblioteconomia.
No projeto, em cada mês elas pretendem dar destaque a um autor ou gênero literário, transformando a biblioteca num ambiente de aprendizado interativo, sugerindo opções de literatura e despertando o interesse dos alunos nestas. No mês de abril foi a vez de José de Alencar. “Fizemos uma pesquisa sobre a vida dele, suas obras, inclusive imprimimos uma foto dele e colocamos tudo num cartaz, perto da estante de livros de leitura, também deixamos separadas todas as obras de José de Alencar, para que os alunos que se interessaram por ele, pudessem conhecer e emprestar as obras”, conta Geovana.
Já o mês de maio foi dedicado a poesia. Em parceria com os professores de língua portuguesa, os alunos de 5ª a 8ª série emprestaram livros do gênero na biblioteca e produziram suas próprias poesias, que foram expostas na festa junina da escola.  “Optamos por fazer o varal no dia da festa para que os pais que vieram prestigiar a festa também pudessem apreciar as poesias dos seus filhos, pois sabemos o quanto esses pequenos detalhes marcam a vida de uma criança e também dos pais”, comenta Geovana.
Para a bibliotecária Vanilda, o objetivo do projeto não é apenas despertar nos alunos o prazer da leitura, mas também mostrar a importância da leitura como forma de aprendizado, contribuindo para o desenvolvimento da capacidade de interpretação, de raciocínio lógico e da escrita. “É um trabalho de formiguinha, mas todo esforço nesse sentido é válido. Estamos aprendendo a ver nosso ambiente de trabalho de outra forma”, opina.


Da Assessoria - NRE

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