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SAÚDE

Pterígio X Catarata

Pterígio é muitas vezes confundido com a catarata

 

06/12/2018 - 15:40


O pterígio, popularmente chamado de carne crescida, é muitas vezes confundido com a catarata. Não é incomum um paciente afirmar que operou catarata no passado, mas após um exame oftalmológico percebe-se que, na realidade, o que ele operou é o pterígio e não catarata.

O pterígio deixa geralmente o olho vermelho no canto interno, pode causar irritação e inflamar. A catarata, comumente, não altera a aparência do olho, causando apenas um embaçamento visual. Outra diferença entre as enfermidades é que a catarata atinge o cristalino (lente interna do olho), enquanto o pterígio é um problema externo. O oftalmologista do Hospital da Visão de Toledo, Gláucio Bressanim, acredita que o motivo da confusão é o desconhecimento popular acerca da doença. “Há pacientes que procuram pela operação de catarata quando na verdade estão com pterígio”, diz.

Causas e sintomas – As causas das duas patologias também são diferentes. “Embora a exposição ao sol sem a proteção eficaz e adequada favoreça o desenvolvimento das duas doenças, o pterígio costuma aparecer nas pessoas mais jovens, enquanto a catarata já é bem mais comum na terceira idade”, comenta o oftalmologista. No caso da catarata, o que ocorre é o envelhecimento natural do olho. “Ainda que muitas vezes seja influencia por outras doenças, como por exemplo, o diabetes, ou mesmo o uso de determinados medicamentos, como os corticóides”, completa.

Os sintomas das doenças também são diferentes. No pterígio observamos uma pele crescendo na superfície do olho, que pode causar irritação, vermelhidão, lacrimejamento e interferir na visão. Já a catarata causa um embaçamento visual que progride lentamente ao longo dos anos, como se a pessoa estivesse enxergando através de um vidro sujo. 

Tratamento - Para tratar a catarata o paciente se submete a uma cirurgia que vai substituir o cristalino opaco por uma lente intraocular. “É um procedimento relativamente seguro, rápido e com altas taxas de sucesso”, afirma Bressanim.

No caso do pterígio, a cirurgia visa a remoção da pele que está na superfície dos olhos, porém não é obrigatória, principalmente se o quadro está estável e o paciente tem poucos sintomas. Atualmente, após a retirada do pterígio, é recomendável recobrir a região onde estava o pterígio com uma pele (conjuntiva) do próprio paciente, retirado de outro lugar do olho.

Para todos os casos, prevenir é a melhor forma de evitar os problemas de visão. “É preciso consultar um oftalmologista periodicamente, pois são nestas avaliações clínicas que é possível detectar cada doença antes que esteja em estágio avançado”, conclui Bressanim.

Sobre Doutor Gláucio Bressanim

Gláucio Bressanim é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde também fez residência entre 2004 e 2007. É especialista em inflamação intraocular (Uveíte) pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) e em Retina e Vítreo pela Universidade de São Paulo (USP). Atua no Instituto da Visão de Cascavel desde 2009 e desde 2011 atende também no Hospital da Visão de Toledo.

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