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GERAL

Pesquisa traça perfil da formalização no Paraná

A maioria dos empreendedores individuais do Paraná não possui fonte de renda complementar. São artesãos, cabeleireiros, carpinteiros, costureiras, manicures, pedreiros, pintores e sapateiros, dentre 400 atividades, que sobrevivem exclusivamente de ofícios, pequenos empreendimentos que viraram negócios, por ‘herança’ dos pais e que evoluíram, no dia a dia, com a prática do exercício. O dado mostra a relevância da formalização como política de inclusão socioeconômica e faz parte de pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (29), pelo Sebrae/PR.

29/06/2011 - 13:20


De acordo com o levantamento, realizado pelo Sebrae Nacional nos 26 estados e Distrito Federal, para traçar um perfil do segmento, 70% dos empreendedores individuais paranaenses – hoje são cerca de 65 mil - afirmaram depender de seus negócios como única forma de sustento. Os outros 30% possuem fontes de renda alternativa. Ou seja, 19% reconheceram ter fontes de renda diversas; 8% afirmaram que, além de serem empreendedores individuais, trabalham em empresas privadas; enquanto que 3% declararam receber aposentadoria.
“Esse índice (70%) de empreendedores que têm em seus ofícios única fonte de renda é muito significativo. E mostra que o Sebrae e as entidades parcerias estão no caminho certo, ao estimular a formalização. O Empreendedor Individual, como programa de estímulo à legalização de pequenos negócios, é uma proposta de inclusão produtiva que atende, de forma efetiva, empreendedores do Paraná. Não é pura e simplesmente um programa assistencial, que ajuda informais a adquirirem direitos previdenciários e empresariais, mas uma opção de desenvolvimento de fato, com geração de renda e empregos”, diz Allan Marcelo de Campos Costa, diretor-superintendente do Sebrae/PR.
Do total de empreendedores individuais no Estado, no período analisado pela pesquisa (de setembro de 2009 a maio de 2011), 56% são homens e 44% são mulheres. Oitenta e seis porcento trabalham sozinhos no negócio e 14% possuem um empregado. A distribuição dos formalizados, por setores e atividades, é a seguinte: serviços (36,3%); comércio (35,2%); indústria (16,9%); e construção civil (11,5%). Enquanto que a faixa etária com maior número de empreendedores individuais é a de 18 a 39 anos (60% do total).
Os empreendedores individuais paranaenses veem vantagens na formalização e 97% dos entrevistados a recomendam. Noventa e oito porcento disseram que, após a formalização, aumentaram ou mantiveram suas vendas. O otimismo cresce quando se fala em expectativas de crescimento. Oitenta e sete porcento afirmaram querer crescer e virar donos de microempresas (com faturamento bruto anual superior a R$ 36 mil e inferior a R$ 240 mil).
Apesar de a imagem do empreendedor individual ser freqüentemente associada a do vendedor ambulante e outras atividades desenvolvidas na rua, 80% dos empreendedores paranaenses entrevistados disseram operar seus negócios em casa, em escritórios ou em estabelecimentos comerciais. Dezessete porcento afirmaram atuar na rua e 4% em outros lugares.
Outro dado relevante diz respeito à escolaridade dos empreendedores individuais paranaenses. Quarenta e um porcento dos entrevistados têm ensino médio ou técnico completo; 30%, fundamental incompleto; 14%, fundamental completo; 9%, superior completo; 4%, superior incompleto; e 2%, pós-graduação.
A pesquisa do Sebrae aponta os motivos para a formalização no Paraná. A figura jurídica do Empreendedor Individual entrou em vigor em julho de 2009, atende empreendedores com renda bruta anual de até R$ 36 mil, e a legalização é feita pela internet, no www.portaldoempreendedor.gov.br. Sessenta e oito porcento formalizaram-se por aspectos relacionados ao próprio negócio, como a possibilidade de emitir nota fiscal, conseguir empréstimo ou de vender para o governo, dentre outros; e o restante virou empreendedores individuais para garantir benefícios previdenciários.
“Ser empreendedor individual é uma opção inteligente. Daqui a alguns anos, a informalidade não terá mais espaço no mercado. A sociedade e os consumidores, cada vez mais exigentes, vão dar preferência aos produtos e serviços advindos de empreendimentos formais, até por questões de segurança”, avalia Cesar Rissete, coordenador de Políticas Públicas do Sebrae/PR. Segundo ele, nunca houve um programa que mostrasse de forma tão clara as vantagens da formalização. “O poder público, de forma geral, enxerga hoje a necessidade de atender os empreendedores que atuam na informalidade. Com a formalização, ganham todos.”
O coordenador de Políticas Públicas diz que o momento é de disseminação de informações e de conscientização, razões pelas quais o Sebrae/PR realiza ações como a Semana do Empreendedor Individual, que começou na última segunda-feira, dia 27, em todo o Estado, e segue, em diversos municípios, até este final de semana. “O conhecimento faz a diferença. Conhecer a figura jurídica do Empreendedor Individual, seus deveres e vantagens, é de fundamental importância. O Sebrae/PR pode ajudar tanto os que querem se formalizar como também os que já se formalizaram  e que querem crescer”, assinala Rissete.
Os segmentos de atividades que mais vêm se formalizando no Paraná, ainda de acordo com a pesquisa, são: comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios; cabeleireiros; obras de alvenaria; lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares; bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas; atividades de estética e outros serviços de cuidados com a beleza; instalação e manutenção elétrica; e serviços de pintura de edifícios em geral.
 
Metodologia
 
O Sebrae Nacional ouviu 10.585 empreendedores individuais em todo o Brasil, selecionados do Cadastro de Empreendedores Individuais da Receita Federal. A amostra teve como objetivo a seleção dos empreendedores individuais por estado. A pesquisa foi feita por telefone, de 9 de maio a 17 de junho deste ano. Foi utilizado, para o levantamento das informações, um questionário com 15 questões objetivas. A margem de erro é de 5%.

 

Da Assessoria

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