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PECUÁRIA

Plano de Safra é criticado por entidades; técnico do Deral analisa que valor é insuficiente para produtor

A Câmara de Deputados encaminhou o decreto que cria uma política adequada de preço mínimo para o Senado. O decreto prevê que o preço seja divulgado pelo Conselho Monetário em 60 dias antes das semeaduras das lavouras. Em entrevista a Casa de Notícias, o técnico do Deral, João Luis Nogueira, falou sobre este decreto; a discussão do Plano Safra; os resultados da reunião dos integrantes do G-20 e a necessidade da criação de políticas públicas.

29/06/2011 - 14:40


Segundo Nogueira, este decreto considera o custo de produção, os mercados internos e externos. Ele considera um avanço, pois os produtores plantam sem saber qual a política que será adotada e lembrou que o novo Plano Safra apresentado pela Presidente Dilma Rousseff, há uma semana, ainda gera discussão entre profissionais. Nogueira disse que está sendo questionado o valor repassado ao produtor por CPF, porque desta forma, há a redução dos valores. “Exemplo: O produtor de milho tinha subsidiado mais de R$ 1 milhão e reduziu para R$ 650 mil. O Paraná é o maior produtor de milho do Brasil em um momento em que a commodities mais aumenta existe esta discussão sobre o Plano Safra”.
Nogueira salientou que a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) e a Ocepar estão tentando negociar com o Governo que reconsidere está decisão e as reivindicações devem ser apresentadas a presidente, Dilma Rouseff, nesta quinta-feira (30), durante a sua passagem em Francisco Beltrão para apresentar o novo Plano Safra para produtores e lideranças. “O Paraná precisa produzir mais milho, porque o Estado não possui o grãos disponível para o mercado interno, para importar e exportar. É um momento de mais alta liquidez desta commodities. O Brasil não possui uma política de médio e longo prazo. Para que o Brasil se torne o grande fornecedor de alimentos do Mundo é necessária uma política bem definida para este setor”.
O técnico do Deral afirmou que é o momento de o Brasil negociar a abertura de mercado, porque o País precisa exportar os produtos agregados. “O Brasil sempre teve dificuldades e enfrentou cotas, barreiras tarifárias ou não”.

Brasil deve aumentar o fornecimento de alimentos em média de 20%, afirma Nogueira

Na semana passada foi realizada a reunião entre os participantes do G-20. O técnico do Deral João Nogueira, afirmou que o encontro foi produtivo e discutiu-se que é necessário um movimento mundial para reduzir a falta de alimentos no Mundo, porque existe a tendência de crescimento desta falta de alimentos. Neste primeiro momento, os integrantes concluíram que deve ser realizado um trabalho entre os Países participantes do G-20; o controle da oferta e demanda dos alimentos; a criação de um sistema de informações para monitorar o mercado, isto é, as informações da produção e oferta dos alimentos serão mais confiáveis. A criação deste sistema ficou sob a responsabilidade da FAO. “O Brasil está se colocando como o maior fornecedor de alimentos do Mundo para os próximos anos, principalmente para os próximos dez anos, porque segundo informações de especialistas, o País deve aumentar o fornecimento de alimentos em média de 20%. Devido as fronteiras agrícolas, o Brasil deve aumentar a sua produção. São mais de 120 milhões de hectares de áreas degradadas que podem ser exploradas pelo País, sem derrubar uma árvore”. Nogueira disse que o Brasil tem condições de avançar a produtividade nas regiões ainda pouco exploradas. “O País se coloca de forma estratégica para atender esta demanda...Esta foi a primeira reunião entre o Grupo. Acredito o Paraná deve se engajar neste movimento, porque o Estado também se preocupa com a oferta de alimentos. Somos exportadores e grandes consumidores de alimentos”.
Políticas Públicas
Nogueira explicou que o produtor brasileiro está melhorando a sua produtividade, mas em um Mundo cada vez mais competitivo e com desigualdades se comparado aos produtores europeus e americanos. “O produtor brasileiro trabalha contra um cenário de altos subsídios e mostra que é capaz de produzir. Agora que o Brasil precisa produzir mais é o momento de oferecer políticas para o produtor se sentir estimulado a produzir. Isto está acontecendo no Brasil, mas não na velocidade necessária. Exemplo: Na reunião, o trigo foi considerado como a commoditie que mais aumentou no último ano”. Ele salientou que se o produtor do Brasil for vender o trigo ele não vai encontrar mercado. “O Brasil está na contramão do que está acontecendo no Mundo. Este produtor necessita de estímulos. Anualmente, a área de trigo está diminuindo e é o grão mais consumido no Mundo. Durante as viagens no Paraná estou percebendo que a produção de trigo deve diminuir neste ano”.

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