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Professores reivindicam direito de ser ouvidos sobre projeto de lei

Nesta quarta-feira (06), os professores da rede municipal de Toledo ministraram as aulas até o horário do intervalo, logo em seguida debateram propostas para serem encaminhadas à Câmara de vereadores. O objetivo da mobilização foi discutir com os professores o projeto de lei de Plano de Carreira do Magistério nas escolas.

06/07/2011 - 16:02


Em entrevista a Casa de Notícias o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Lucas Teodoro, informou que o texto proposto pelo Poder Executivo não contemplava os anseios da categoria e havia pontos falhos no projeto, como progressão na carreira e a hora-atividade; titulação de mestrado. A professora Silvana Martines, da Escola Amélio Dal Bosco, destaca que a principal falha da proposta do Executivo refere-se as titulações, pois o Projeto de Lei não observa se o professor é especialista, mestre ou doutor. O professor ao se inserir no Ensino Municipal tem estas titulações desconsideradas. “Se eu sou especialista hoje, serei sempre. O meu título é este e deve ser contemplada e favorecida em função disso”.
Outra questão que Silvana comentou foi a progressão de carreira. Segundo ela o Plano estabelece prazos para a progressão que contempla de cinco a dez anos, e isso faz com que o professor chegue a um patamar, que independente da titulação ou qualificação, ele não consiga mais progredir na carreira. “Outra questão é a valorização do servidor. Antes, nós tínhamos a gratificação do professor de educação infantil e alfabetização e isso foi retirado, suprimido para tentar passar para todos os professores. São avanços e conquistas de muito tempo que estão tentando tirar de nós”, questionou a professora.
Ela ainda lembrou que a Administração diminuiu a carga horária dos cursos de 360h para 240h, no entanto, atrelou a carga horária a alguns cursos que subtende que são bons ou não para a profissão. “Eu, professor e comunidade escolar, devo saber o que é bom para o meu aluno e para o meu crescimento profissional. Tudo que faço na área de educação deve ser contemplado”.Ela afirma que a Administração é “fria” e quer determinar o que é bom para o professor desconsiderando sua opinião.
Com relação à realização de um debate entre o Poder Legislativo e os professores, Silvana relatou que o Projeto de Lei foi discutido em comissões da Administração e que não se recordava se algum professor tivesse opinado sobre o assunto. “As nossas propostas foram elaboradas em Fóruns da Educação e nas reuniões de Assembleia. Eles deveriam ter lido os documentos para saberem o que a classe está pensando e o que seria melhor para a educação de Toledo. Nós que sabemos o que precisamos ou não”.
A partir das discussões, os professores vão unir as sugestões e, posteriormente, encaminhá-las em forma de um documento para os vereadores de Toledo. “Para que eles nos ouçam e tentam fazer emendas e melhorem o texto. Conversamos com alguns vereadores e após a elaboração das nossas propostas manteremos contato com os demais. Queremos uma reunião com todos para que eles nos ouçam. Eles sempre dizem que respeitam a classe dos professores. Agora é a hora de mostrar que eles nos respeitam”.

 Projeto
O projeto da Lei de Plano de Carreira do Magistério já foi lido durante a sessão ordinária da Câmara de Vereadores e encaminhado para as Comissões. Segundo informações dos vereadores da bancada de oposição o projeto não entrará na pauta antes do recesso parlamentar que se inicia em meados de julho.

Confira reportagem em vídeo.

Por Graciela Souza

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