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GERAL

CUT organiza Dia Nacional de Mobilização; bancários retardam abertura de agências em Toledo

Nesta quarta-feira (6) foi o Dia Nacional de Mobilização da CUT. Entre as mobilizações promovidas pela entidade estava a dos bancários do Itaú Unibanco, que estiveram mobilizados em todo o país. Em Toledo houve panfletagem em alguns pontos da cidade, e na parte da tarde os bancários retardaram a abertura das agências, em protesto as demissões que vem ocorrendo em todo país. A ação dos bancários vem se somar a uma séreie de atividades promovidas pela CUT.

06/07/2011 - 16:05


Segundo o secretário geral do Sindicato dos Bancários de Toledo e Região, a ação dos bancários coincide com um dos pontos da pauta defendidos pela CUT que é a garantir de emprego. "Caso o Brasil se torne signatário da Convenção 151 da OIT, o patrão não pode demitir sem motivo. Acaba com a demissão sem justa causa e com a alta rotatividade de mão de obra", diz Zelário.
O secretario geral do Sindicato dos Bancários Toledo e Região informou também que anualmente, a CUT organiza alguma atividade de massa em nível nacional, e neste ano será realizada a Marcha no próximo mês. Nesta quarta-feira (06) é o Dia Nacional de Mobilização de Luta da CUT em busca de apoio da população e dos trabalhadores em sete projetos que estão tramitando a nível de Congresso e sociedade. "A Central Única está ativa todos os dias para buscar melhorias para todo o conjunto da classe trabalhadora independente do sindicato, porque há uma série de situações, onde uma pequena parte vai para o trabalhador e a parte maior fica para o intermediário", analisa Zelário. O secretário geral do Sindicato dos bancários lembra que uma das bandeiras antigas da CUT é a redução da jornada de trabalho de 40 horas sem a diminuição de trabalho. "Já está comprovado que esta redução de carga horária não vai diminuir a produtividade. As empresas que espontaneamente implantaram esta redução de jornada de 40 para 36h tiveram um aumento de produtividade sem ter que contratar mais ninguém, porque o espaço de descanso é maior, o trabalhador tem o tempo para lazer e trabalha mais satisfeito", argumenta.
O líder sindical afirma que o banco Itaú está indo na contramão da categoria bancária. Ele relata que enquanto alguns bancos estão contratando o Itaú está demitindo, contrariando um acordo feito em abril quando foi feita a fusão com o Unibanco e firmado o compromisso de não demissão de trabalhadores e realocação de funcinonários no caso de fechamento de agências."Os bancos, de forma geral, estão com deficiência de funcionários. Não faz sentido um banco que há dez anos teve um lucro de R$ 800 milhões e ano passado 14 R$ bilhões, 1400% no lucro e hoje está demitindo pessoas. Porque a lógica seria contratar mais, remunerar melhor para ter o trabalhador não adoecendo no ambiente do trabalho e, por conseqüência, produzindo menos", disse.
DEMISSÕES
"Os bancários estão com medo de perder seus empregos, especialmente após a entrevista de Roberto Setúbal à revista Exame em que ele afirma que 'é hora de cortar'", afirma Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, órgão que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. "Os bancários enfrentam péssimas condições de trabalho, pressão constante por metas elevadas e sobrecarga de serviço que levam ao adoecimento", diz. Os bancários questionam a mudança de posição do presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal,  que havia declarado publicamente na época da fusão entre Itaú e Unibanco, em 2008, que não aconteceriam demissões. Entretanto, reportagem da Exame Finanças, edição de junho, indica que o Itaú Unibanco iniciou um duro programa de corte de custos e reorganização interna para garantir o grau de eficiência que seus acionistas esperam. Segundo Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), as demissões estão ocorrendo em todos os setores do banco. Apenas nos meses de abril e maio, de acordo com a revista, cerca de 350 profissionais deixaram o banco, a maioria deles pertencente à área de crédito ao consumidor, que engloba a financeira e o segmento de cartões de crédito.
As entidades sindicais denunciam que as demissões vêm piorando as condições de trabalho. Para suprir a demanda dos clientes, trabalhadores estão sendo sobrecarregados, além de conviverem com desvios de função e o fantasma da terceirização. Os sindicatos estão recebendo denúncias de que gerentes operacionais estão deixando suas funções para assumir atendimento nos caixas. "A política do banco também prejudica a clientela, que sofre com filas e ainda paga tarifas elevadas. Isso tem que mudar", sustenta Jair.
Outro tema que está na pauta das mobilizações é o reajuste do Plano de Saúde dos funcionários da empresa. "O aumento foi feito pelo banco de forma unilateral. Tentamos negociar mas o movimento sindical não foi escutado", conclui Jair.
CAMPANHA SALARIAL
A campanha salarial da categoria está sendo realizada  e uma série de Fóruns está acontecendo no Brasil. No último final de semana foi realizada uma Conferência Estadual em Londrina. Neste sábado (09) e domingo (10) será realizado, no Rio de Janeiro, o Encontro Nacional dos funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil para discutir questões especifícas deste bancos. Nos dias 29, 30, de 31 de julho acontecerá a Conferência Nacional dos Bancários. O Paraná será representado por 33 profissionais, neste encontro será elaborada a pauta de reivindicação que norteará o rumo da campanha salarial 2011 que deverá ser entregue aos banqueiros no dia 9 ou 10 de agosto.

Confira reportagem em vídeo.

Por Rosselane Giordani com informações da assessoria

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