Entretanto, ainda há outras 78 que permanecem um mistério para os pesquisadores que há sete meses realizam um autêntico trabalho de detetive. “É assim que nos sentimos na busca por essas informações, seguindo pistas”, explica a diretora do Museu Histórico Willy Barth, Lourdes Barbieri, analisando que, no passado, a documentação pública era um fato quase ignorado. “Hoje, na Câmara, este tipo de projeto de lei vem com o memorial e a fundamentação dos motivos para a escolha de determinado nome. Isto não ocorria antigamente. Outro fato é que muitas pessoas saíram da cidade, inclusive famílias tradicionais. Há gente, por exemplo, que hoje vive em Roraima”, pontua Barbieri, solicitando a colaboração da população. “Quem souber de alguma informação sobre alguma das ruas citadas, por favor, nos procure aqui no Museu ou na Secretaria da Cultura até o dia 20 de julho”, apela Barbieri.
Organizador do livro, o professor de Sociologia da Unioeste, Silvio Antonio Colognese, acredita que o livro constitui um marco histórico, cultural e social para a cidade. “Além do grande número de ruas, a maior dificuldade advém da carência de registro histórico. Mais à frente, com este livro, os historiadores já terão por onde começar. Até porque a cidade segue crescendo e novas ruas aparecendo”, avalia o pesquisador, reiterando o apelo à população para que contribua nesta árdua tarefa de reconstituição. “Precisamos do apoio coletivo, portanto o mínimo de conhecimento sobre a rua pode ser valioso. Além das fontes oficiais, a memória oral trata-se de instrumento essencial neste trabalho minucioso e que exige enorme esforço de pesquisa”, frisa o gaúcho de Chapada que há 21 anos chegou a Toledo. “É uma cidade acolhedora, próspera e aberta ao futuro. Os nomes das ruas refletem as marcas políticas atravessadas pelo país, os pioneiros, expoentes culturais, etc. Enfim, o livro destaca esse universo de sentidos que forma a sua identidade, sem querer emitir algum juízo de valor. Os leitores, certamente, irão aprender e se emocionar com as bonitas e heróicas histórias apresentadas”.
Ruas
Adão Alves, Adolfo Grepner, Aida Scremin, Rua Alécio Pedro Teodoro de Souza, Alzira Gonçalves Arruda, Rua Amanda Schoennel, Amélia Bianca, Ângelo Copetti, Antonio Nunes da Costa, Anne Russ, Antonio Benevides Soares, Antonio Humberto Guimarães, Arlindo Dreier, Capitão Tisiano, Chalé de Minas, Coronel Ângelo Melo, Rua da Amizade, Rua da Felicidade, Rua da Igreja, Rua da Liberdade, Rua da Piscina, Rua das Flores, Décia Terezinha do Prado, Denio Georgette, Rua do Jardineiro, Dr. Cid Marcondes de Albuquerque, Dr. Flores, Eroni Becker, Fernandes Vieira, Frei Manoel, Frei Orlando, Fridolino Tiel, Generoso Tibes de Barros, Guarati, Honório Lemos, Inácio Lustosa, Isidoro Vera, Joana Dal Bó Copetti, João Alberto, João Sartori, João Venturelli, Judite Bedendo, Luiz Pedro Heck, Leonilda Ferreira da Cruz, Lopei, Manoel Nogueira, Maria do Carmo Gozzo, Maria José, Mariana Zanetti, Nadir Somenzi, Nayoro, Ocelino Arrosi, Orlando Gomes Pereira, Otavio Scremim, Padre Bernardo Wolters, Padre Francisco, Paulo Kipper, Pedro Rosseto, Prata, Rua Primavera, Professor Queirolo, Quintino Bocaiúva, Reinaldo Barilli, Rua Ribeirinho, Rodolfo Becker, Rodrigues Alves, Romeu Alfredo Markus, Rubelite Salinas, Rudolf Russ, Rute Lemucchi Castilho, Sanga Branca, Travessa, Ulisses Toldo, Vicente Carvalho, Vitória, Walter Ponden, Willy Tesch.
Da Assessoria - Toledo
