Desde o dia 20 de março deste ano, a pandemia do novo Coronavírus reforçou a necessidade de colaboração, inovação, proatividade e agilidade. Provocando mudanças culturais e comportamentais, a doença gera uma crise generalizada, afetando autônomos, micro e pequenos, startups e grandes empresas.
Pensando nisso, o Iguassu Valley - Sistema Regional de Inovação (SRI), da região oeste do Paraná, buscou alternativas para colocar em prática o enfrentamento da crise e o planejamento de ações pós-pandemia. Em uma das iniciativas, foram criados nove grupos de trabalho com os mais diversos temas, unindo empresários, instituições de ensino, pesquisadores e especialistas não só do Brasil, mas também de outros países.
“Os grupos foram criados para que tivéssemos a possibilidade de planejar ações urgentes de enfrentamento à crise. Estamos utilizando a conexão de pessoas e entidades que já participavam do SRI, gerando uma cooperação e unindo esforços em prol de um objetivo comum, que é superar este difícil momento para todos”, explica o consultor do Sebrae/PR, Alan Debus.
Entre as temáticas dos chamados “GTs do SRI”, estão a produção de álcool em gel, máscaras e EPIs; formatação de painéis de comparação e monitoramento do avanço da COVID-19 na região; boas práticas globais; testes e exames e auxílio aos hospitais, por exemplo. Entre todos os grupos, já são mais de 390 participantes e cerca de 100 representantes de instituições do Brasil e do mundo.
“As conexões são feitas de forma remota por meio destes grupos, o que estimula a realização de reuniões por videoconferência, acordos e efetivação de contratos de compras e vendas de produtos. Diante dessas negociações, que começam nos grupos, o Sebrae/PR disponibilizou um consultor, que acompanha todas as discussões e oferece suporte em relação à metodologia de atividades; planejamento e registro dos resultados e gestão das conexões”, complementa Debus.
Desde o dia 23 de março, os grupos já registraram aumento na produção de álcool em gel por laboratórios de universidades, instituições de ensino e empresas; elaboração de projetos e concepção de protótipos de respiradores; quadros para monitorar a evolução do Coronavírus nas cidades da região e produção de máscaras e EPIs em empresas de confecção que antes não tinham esses produtos como foco. Resultados expressivos que, segundo o coordenador do SRI Iguassu Valley, Jadson Siqueira, geram novas perspectivas acerca do momento.
“Dentro do SRI, temos várias entidades de diversos setores diferentes sendo representadas. Portanto, nosso principal ativo é termos uma rede permanente, que conecta as partes. Um dos exemplos é o caso dos respiradores: por meio dos grupos, uma empresa de Marechal Cândido Rondon conseguiu se conectar com soluções desenvolvidas em Foz do Iguaçu; fez os protótipos; conseguiu autorização para testar em Cascavel e está prestes a validar a ideia com o Governo do Estado”, exemplifica Jadson.
Assim como no SRI, que tem o objetivo de ser cada vez mais multidisciplinar e inclusivo, os grupos não exigem requisitos dos participantes. Basta querer participar, buscar os links de convites no WhatsApp e compreender como pode ajudar ou ser ajudado. Para ter acesso aos convites, os interessados podem entrar em contato com o Sebrae/PR pelo e-mail adebus@pr.sebrae.com.br.