O objetivo do Projeto é disseminar a cultura da inovação aos empreendedores, por meio de diagnósticos empresariais, consultorias e sugestões que estimulem a prática de processos simples, inovadores e que exijam pouco investimento financeiro.
Para atender a demanda regional, as orientações estão divididas em setores produtivos importantes para o desenvolvimento das microrregiões. Em Marechal Cândido Rondon e municípios vizinhos, no entorno de 30 quilômetros, como Pato Bragado, Mercedes, Entre Rios e Quatro Pontes, o Projeto Agentes Locais de Inovação atende no setor de agroindústrias. Na microrregião formada pelas cidades de Terra Roxa, Palotina e Guaíra, no vestuário.
No Território da Cantuquiriguaçu, nos municípios de Campo Bonito, Guaraniaçu e Diamante do Sul, o Projeto orienta sobre inovação no setor de pecuária leiteira; já em Foz do Iguaçu e Cascavel, os atendimentos estão focados no setor do turismo e metal-mecânico, respectivamente. De acordo com o gerente da Regional Oeste do Sebrae/PR, Orestes Hotz, a proposta, uma iniciativa do Sebrae Nacional, percorre, além dos municípios do oeste do Paraná, outras cidades em todo o território nacional.
“Iniciamos com um projeto-piloto, em 2009, no Paraná e Distrito Federal. Com os resultados alcançados, abriram-se novas oportunidades de adesão, no ano passado. Para 2011, o desafio é que os agentes locais de inovação, profissionais treinados pelo Sebrae/PR, levem seus serviços para aproximadamente 20 mil empreendimentos do País, sendo 1.250 no Paraná”, enfatiza Hotz. Na região oeste, complementa o gerente regional, os interessados em receber as consultorias do Projeto podem entrar em contato com os escritórios do Sebrae/PR mais próximos de suas cidades, até agosto.
Os agentes locais de inovação são profissionais graduados e foram capacitados para trabalhar diretamente com as micro e pequenas empresas no Projeto Agentes Locais de Inovação. “Os agentes passaram por seleção e amplo treinamento. Dessa forma, podemos garantir ao empresário um profissional com conhecimento em gestão e cultura inovadora, que vai identificar, de forma individual, quais as melhores opções de melhoria em cada negócio, de acordo com as necessidades de cada empresa atendida”, assinala Hotz.
Turismo
Segundo a consultora do Sebrae/PR em Foz do Iguaçu, Ana Lúcia de Sousa, 40 empresas do setor de turismo do município já estão recebendo as orientações do Projeto, por intermédio da agente local de inovação, Priscila Ferreira. “Ainda temos vagas disponíveis para atender micro e pequenas empresas do setor, que tenham sede em Foz do Iguaçu, como agências de viagens, hotéis, pousadas, restaurantes, bares, entre outros”, cita a consultora.
Para Ana Lúcia de Sousa, empresas inovadoras são aquelas que praticam sistematicamente a gestão da inovação. “Todo o processo que eleve o poder competitivo dos produtos da empresa é inovação e promover essa prática constante nas empresas ligadas ao turismo de Foz vai fazer com que o setor cresça como um todo. Para tanto, o agente vai auxiliar no diagnóstico gerencial, na mensuração do grau de inovação da empresa e uma proposta de plano de trabalho para inovação.”
Em Foz do Iguaçu, os interessados em aderir o Projeto podem entrar em contato com a consultora pelo telefone do Sebrae/PR no município, que é (45) 3522-3312 ou pelo e-mail asousa@pr.sebrae.com.br. Também são parceiros do Agentes Locais de Inovação, na cidade, o Conselho Municipal de Turismo (Comtur) de Foz do Iguaçu; o Iguassu Convention & Visitors Bureau (ICVB); o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu (SindhotéisFoz); as associações brasileiras de Bares e Restaurantes (ABRASEL), da Indústria de Hotéis do Paraná (ABIH) e de Agências de Viagens (ABAV); e a Associação de Agências de Viagens de Turismo Receptivo de Foz do Iguaçu (AGETURFI).
Metal-mecânico
Somente em Cascavel, conforme enumera o consultor do Sebrae/PR no município, Osvaldo Cesar Brotto, existem aproximadamente 300 micro e pequenas indústrias do setor de metal-mecânico. “O setor está em alta com o crescimento da economia e a concorrência está aumentando ainda mais no segmento. Para sobreviver ao mercado competitivo é preciso se diferenciar. O lado positivo é que o empresário que não conta com muito capital para crescer, pode inovar e oferecer soluções novas aos clientes e mercado, com baixo custo, como propõem os agentes locais de inovação”, recomenda.
A inovação no dia a dia da empresa, reforça Osvaldo Brotto, pode ser o caminho para conquistar mercado. Para o empresário Luis Marmentini, que atua no setor metal-mecânico em Cascavel, inovar não é uma questão de gasto e, sim, de comprometimento. “Com a ajuda do Projeto Agentes Locais de Inovação, consegui fazer muitas mudanças na indústria e, o melhor de tudo, é que o gasto financeiro foi pequeno. Inovamos investindo em organização, em atendimento e os resultados vieram decorrentes de muita determinação, persistência e trabalho”, conta Marmentini, atendido pela agente local de inovação em Cascavel, Anna Teresa dos Santos.
Também apoiam o Projeto Agentes Locais de Inovação, em Cascavel, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado do Paraná (Sindimetal-PR); a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); a Associação de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Oeste do Paraná (AMIC) e a Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC); além da Prefeitura de Cascavel, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEMDEC).
Empresários do setor metal-mecânico da cidade, com interesse em receber as orientações gratuitas dos agentes locais de inovação, podem entrar em contato com o escritório do Sebrae/PR em Cascavel, pelo telefone (45) 3321-7050.
Vestuário
Empresários de micro e pequenas empresas ligadas ao setor de vestuário de Terra Roxa, Palotina e Guaíra, também podem aderir ao Projeto Agentes Locais de Inovação até agosto de 2011. Conforme orienta o consultor do Sebrae/PR, Alan Alex Debus, cerca de 30 empresas voltadas à produção, tais como indústrias de confecção, acessórios, bordados, serigrafia, entre outras, já estão recebendo a visita da agente Juliana Gambim, nos três municípios.
“Temos parceiros como o Arranjo Produtivo Local (APL) Moda Bebê de Terra Roxa e a Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Terra Roxa (ACIATRA), que também incentivam e orientam os empresários em participar. Queremos enfatizar que, com o suporte do agente, a inovação será focada nos resultados positivos para o empresário, de forma planejada e consciente. Percebemos inovação, como umas das principais ferramentas para que a empresa eleve seu poder competitivo no mercado em que atua”, salienta Alan Debus.
O proprietário de indústria de confecção moda bebê em Palotina, Rafael Carvalho Machado, aderiu ao Projeto no final do ano passado e já deu início a implantação de alguns processos inovadores dentro da empresa. “Estamos em uma fase de preparação, organizando o ambiente interno da fábrica, a parte comercial. Com a ajuda da agente local, identificamos algumas ações prioritárias, como a informatização dos processos, fluxos de operação e organização da forma de comunicação da empresa, seja na maneira de falar, atender ou escrever ao cliente. Uma ação simples, mas que fez muita diferença, foi a padronização dos e-mails dos colaboradores”, exemplifica o empresário.
“Também estamos trabalhando na identidade visual da marca e, depois disso tudo, começaremos a inovar na produção”, indica Rafael Machado, planejando os próximos passos. As orientações dentro do Projeto, complementa Alan Debus, do Sebrae/PR, contemplam áreas de gestão como desenvolvimento de produtos, desenvolvimento de processos, ações de marketing e estruturação organizacional. Interessados em participar do Projeto em Terra Roxa, Palotina e Guaíra devem entrar em contato com escritório do Sebrae/PR, em Toledo, pelo telefone (45) 3252-0631.
Agronegócios
Em Marechal Cândido Rondon, o Projeto Agentes Locais de Inovação foi lançado oficialmente em outubro de 2010. Emerson Durso, que é o consultor do Sebrae/PR responsável pelo Projeto na microrregião, conta que o foco de atuação são agroindústrias, que tenham sede no município ou em cidades vizinhas, até 30 quilômetros de Rondon. “Já temos 40 agroindústrias e produtores recebendo as orientações do Projeto”, afirma.
Ainda de acordo com o consultor, as adesões já recebidas são frutos das articulações com entidades locais ligadas ao setor de agronegócios, que auxiliam no processo de indicação e incentivo à participação no Projeto, uma vez que têm contato direto com os produtores e agroindústrias. “Unindo forças, com certeza, conseguiremos implantar ações inovadoras nas empresas do setor, tanto de Rondon, quanto nas cidades próximas, como Pato Bragado, Quatro Pontes, Mercedes e Entre Rios do Oeste”, destaca.
Cristiane Spohr administra uma das agroindústrias que já aderiram ao Projeto em Marechal Rondon e constata o quanto as orientações têm ajudado a empresa a se desenvolver. “Já conseguimos implantar muitas mudanças com base nas sugestões do agente local. Organizamos melhor os controles e cadastros, estamos implantando um sistema de gestão e realizando melhoria na distribuição de nossos produtos. Com boa vontade e gosto pelo trabalho é possível inovar e crescer”, avalia.
Agora, além da produção e venda do melado, açúcar mascavo, rapadura e bolachas, comenta Cristiane Spohr, a agroindústria incluiu novo item na lista de produtos, o amendoim salgado. “Optamos pela terceirização desse novo produto e já estamos pensando em terceirizar mais, tendo em vista os resultados. Nosso próximo objetivo é dar início, em agosto, a implantação do Manual de Boas Práticas de Fabricação, para melhorar ainda mais a qualidade de nossos produtos e processo.”
Com o auxílio do agente local, Charles Cardoso de Aguiar, o Projeto pretende atender 50 microempresas do setor agroalimentício da microrregião. “As principais recomendações para o setor versam sobre o registro de marca, a implantação de Programa 5S e de Boas Práticas de Fabricação como melhoria do processo produtivo, elaboração de projetos ambientais, desenvolvimento de tabela nutricional da linha de produtos e análise de perigos e pontos críticos de contaminação”, enfatiza Emerson Durso.
Já nos três municípios do Território da Cantuquiriguaçu, Campo Bonito, Guaraniaçu e Diamante do Sul, os agentes locais de inovação, Adelir Lourenço Martins, Jardel José Busarello e Maycon Rodrigo Dambroso, trabalham a inovação no setor de pecuária leiteira. “Queremos mostrar aos produtores que a inovação não é feita apenas com grandes investimentos em tecnologia. É possível inovar na simplicidade, com práticas que serão repassadas pelos agentes locais”, recomenda o consultor do Sebrae/PR, responsável pelo Projeto no Cantuquiriguaçu, Edson Braga da Silva.
Para aderir ao Projeto Agentes Locais da Inovação, nos municípios do entorno de Rondon e Cantuquiriguaçu, interessados devem entrar em contato com o escritório do Sebrae/PR em Cascavel, por meio do telefone (45) 3321-7050.
Da Assessoria
