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Fórum de Segurança discute ações para enfrentamento da violência e implementação de políticas públicas

Foi realizado neste sábado (23) o 3º Fórum de Segurança Pública de Toledo. O evento que aconteceu no Centro de Eventos Ondy Niederauer reuniu representantes do Ministério Público, policiais militares e civis, além de políticos, empresários  e sociedade civil em geral. De acordo com um dos organizadores do evento, o presidente da OAB Subseção Toledo, Adir Colombo, o objetivo foi discutir a segurança pública, como também apontar sugestões nos grupos de trabalho da defesa civil, trânsito, e violência criminal.

23/07/2011 - 16:33


As proposições serão encaminhadas as autoridades competentes com o objetivo de pautar políticas públicas.

O secretário municipal de segurança, João Crespão frisou que as ideias discutidas serão acolhidas e incorporadas ao Plano Municipal de Segurança Pública de Toledo. “As ideias serão as norteadoreas da políticas publicas dos próximos quatro anos”, se comprometeu Crespão.

O promotor de justiça Giovane Ferri destacou que o fórum é oportunidade de se ouvir a população, os representantes de bairro e compreender qual é visão do cidadão em relação a segurança pública. “Nós da área da Justiça temos uma visão mais técnica, e o fórum proporciona esse diálogo com a população”, disse.

De acordo com o Promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Leonir Batisti, a população vive um clima de insegurança e que isso é provocado por vários fatores. “Temos a sensação de insegurança, as pessoas tem a sensação de que algo ruim pode acontecer a elas. Mas isso acontece porque no Brasil temos a estatística da ocorrência de 25 homicídios por cem mil habitantes, esse número é altíssimo. Temos a sub-notificação de crimes, ou seja, a maioria dos crimes contra o patrimônio não são registrados. Cerca de 61% das pessoas não chegam a procurar a polícia para notificar a ocorrência, porque acham que nada vai acontecer”, relata o coordenador do Gaeco. Batisti informa ainda que outro fator que contribui para a sensação de insegurança é de que os homicídios cometidos com armas de fogo em sua maioria não são esclarecidos. “Os casos das pessoas que são mortas com arma de fogo - conseguimos levar a processo somente 16%. Se morrem 100 pessoas, somente 16 acusados serão processados na Justiça”, revela.

Batisti ainda criticou a Lei 12.403/11 que fez uma série de mudanças no Código de Processo Penal. Na opinião dele a mudança contribui para sensação de insegurança, de impunidade. “Essa lei acentuou a sensação de insegurança, pois um indivíduo que furta não fica preso, e a vitima pode se deparar com o criminoso na rua. Essa lei caracteriza que o sistema não funciona. A lei é positiva no todo, mas somente acompanhada de outros aparatos como o monitoramento por tornozeleiras dessas pessoas que ficam soltas aguardando o término do processo”.

 

Confira reportagem completa em vídeo.

 

Por Rosselane Giordani

 

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