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PANDEMIA

Covid-19: Saúde quer protocolo que regule a escolha de pacientes que terão acesso a leitos de UTI

Devido a situação de esgotamento de leitos o protocolo indica parâmetros de quem terá prioridade

 

15/12/2020 - 15:09
Por Redação


A escolha de qual o paciente terá acesso a um leito, em situação limite, é complexa mas não deve ter parâmetros subjetivos ou de pessoalidade, por isso, os protocolos são definidos. O que motivou autoridades municipais de saúde aprovarem por unanimidade a adesão ao Protocolo da Amib, Abramede, SBGG e ANCP é o aumento no número de casos e nas taxas de ocupação de leitos.

O Protocolo aprovado será submetido as autoridades sanitárias estaduais e sendo aprovado se busca a adesão dos demais municípios da Macrorregião Oeste.

O Protocolo aprovado por unanimidade atende as recomendações da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e da Associação Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP).

“...esses princípios foram incorporados em recomendações redigidas por um grupo de profissionais da saúde, bioeticistas e profissionais do direito. O protocolo final foi composto por um sistema de pontuação baseada em múltiplos critérios, que representam diferentes objetivos éticos: salvar o maior número de vidas; salvar o maior número de anos/vida; e equalizar as oportunidades de passagem pelos diferentes ciclos da vida. O modelo que aqui propomos adota critérios (à exceção do último) e sistema de pontuação semelhantes: no nosso modelo, quanto menor é a pontuação de um paciente, maior será a sua prioridade de alocação de recursos escassos. Além disso, quanto maior o número de pacientes a serem triados, maior será a expectativa de empates nas pontuações e, por essa razão, assim como Biddinson et al, incluímos sugestões de critérios de desempate”, diz o documento das entidades.

Leia o protocolo completo aqui

Leia abaixo nota completa da prefeitura

Covid-19: autoridades definem proposta de protocolo para internação em UTI

Em meio a uma situação preocupante, na qual a ocupação das unidades de terapia intensiva (UTI) específicas para o atendimento a Covid-19 está próxima dos 100% na Macrorregional Oeste, o auditório Acary de Oliveira, na Prefeitura de Toledo, foi palco, na tarde desta segunda-feira (14), de uma reunião para tratar de um assunto bastante delicado. Algumas das principais autoridades da saúde pública e privada do município compareceram à reunião em que foi debatida a proposta de protocolo para o caso de insuficiência deste tipo de leito.

Os critérios, formulados a partir de recomendações da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e da Associação Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), foram apresentados a representantes dos hospitais Bom Jesus, Doutor Campagnolo e Geral da Unimed (HGU), da 20ª Regional de Saúde e do Pronto Atendimento Municipal (PAM) Dr. Jorge Milton Nunes, e aprovados por unanimidade. “O protocolo proposto define critérios para situações-limite, como a que estamos prestes a vivenciar. Se houver dois pacientes precisando de UTI e só uma vaga estiver disponível, esta ferramenta ajudará a regulação de leitos na escolha de qual vai ser atendido primeiro”, explica o médico integrante da comissão técnica do Centro de Operações Emergenciais (COE), Fernando Pedrotti.

A partir de agora, o protocolo aprovado pelos presentes ao encontro será encaminhado para análise das autoridades sanitárias estaduais, que avaliarão se adotarão ou não tais critérios. “O Município de Toledo vai apresentar a proposta na reunião da Comissão Intergestores Regional e esta deverá também ser encaminhada pela 20ª Regional de Saúde à Sesa [Secretaria de Estado da Saúde], que é a responsável pela Central de Regulação de Leitos na Macrorregional Oeste. Caso as normativas sugeridas sejam acatadas, é fundamental que os hospitais situados nos municípios que integram regionais de Toledo,  Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Pato Branco sigam o mesmo protocolo”, explica.

Pedrotti reforça os pedidos para que a população mantenha os cuidados no combate ao novo coronavírus. “O ideal seria que não precisássemos passar por isso, mas entendemos a necessidade de todos os profissionais da linha de frente no combate ao novo coronavírus e queremos informar à população sobre esta mudança de critérios. O momento é crítico e pedimos encarecidamente que todos se cuidem ainda mais, que não se esqueçam dos cuidados que têm nos acompanhado desde o início da pandemia, como higienizar as mãos várias vezes ao dia, ficar em casa sempre que possível e só sair quando for preciso e usando máscara do jeito certo e, sobretudo, evitar aglomerações”, salienta. “Temos 31 leitos de UTI em Toledo, sendo que 24 vinculados ao SUS encontram-se totalmente ocupados e os outros sete, que atendem convênios e particulares, estão quase assim. Nunca estivemos tão próximos de um colapso no sistema da saúde, tanto público quanto privado. Estamos no limite de nossas forças e é fundamental que a população realmente colabore para impedir que isso aconteça”, alerta.

 

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