Em 2020, o Sistema Único de Saúde, em Toledo, coletou 13.045 exames de RT-PCR. Neste ano, até a data de ontem (18), foram realizadas 7606 coletas de exames de RT-PCR, no Sistema Único de Saúde. Nesta sexta-feira, o Município confirmou 101 novos casos de Covid-19 e três mortes, dois homens com 34 e 47 anos e uma mulher com 65 anos.
Além dos novos casos, Toledo aguarda o resultado de mais 400 testes, com 1506 casos ativos, esta redução de casos ativos não representa uma queda nos casos, mas uma demora na entrega dos exames.
Leitos paliativos
A dificuldade de leitos se dá pela expansão da pandemia e agravamento dos casos, o que tem mantido as pessoas mais tempo internadas. Toledo tem 82 moradores internados por Covid, 50 em leitos de enfermaria e 32 em leitos de UTI. Entre os pacientes em enfermaria 31 deles estão internados no Pronto Atendimento Municipal Dr. Jorge Milton Nunes, 11 deles se encontram entubados, em uso de respiradores mecânicos, aguardando um leito de UTI.
São leitos paliativos e que não contam com a estrutura de uma UTI, embora o município declara que o Pronto Atendimento organizou o seu fluxo, levando pessoal das UBS para atendimento na pré-consulta, médicos, injetáveis e coleta de exames. Priorizaram no local técnicos que já trabalhavam para o suporte de internamento e emergência.
UTIs lotadas
Na abrangência da Regional de Saúde de Toledo, 100% dos 56 leitos de UTI estão ocupados e 94,29% dos leitos de enfermaria estão ocupados. Na Regional a fila de espera por um leito de UTI tem 27 pacientes e de enfermaria 31.
Na Macrorregião Oeste, que compreende as cinco regionais: Toledo, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Pato Branco a fila por um leito de UTI tem 142 pacientes e a enfermaria 84 pacientes.
Testar é muito importante
Para além da notificação do caso suspeito é importante testar, para que o Sistema possa se organizar para possíveis casos que necessitarão de cuidados hospitalares, UTIs, medicações e equipes.
Segundo o município não faltam testes. “Para os pacientes que são atendidos no Sistema Público, se os mesmos se enquadram nos critérios de caso suspeito COVID, eles são imediatamente notificados e tem seu exame coletado, se estão no período adequado para coleta. Caso ainda não estejam é realizado o agendamento da coleta do exame e caso não compareçam no local na data marcada é realizada a busca ativa dos mesmos”, afirma Dr. Fernando Pedrotti.
Para quem é atendido fora do SUS, como no caso da Ação da Acit, também são notificados, por força de lei, segundo Pedrotti. Para serem testados estes pacientes devem procurar o Sistema Público. “A notificação chega até nós e cruzamos dados para monitoramento do caso e verificar se realizou o exame. Alguns inclusive tem procurado o Sistema Público para coleta do exame. Eles são reavaliados e se enquadrando nos critérios ocorre o mesmo encaminhamento, das pessoas que chegaram direto no Serviço Público”.
Segundo Pedrotti, quando o paciente busca o serviço de saúde após o período ideal para o teste ouro, no diagnóstico da Covid, o RT-PCR, então é realizado o Teste Rápido.
Este teste é considerado menos preciso e, ainda há um grande número de exames nesta metodologia, o que pode apresentar falso negativos.
Fique atendo no prazo para realizar o seu teste. O exame ideal é o RT-PCR e deve ser realizado entre o 3º e 5º dia do início dos sintomas. O teste rápido deve ser feito a partir do 8º dia do sintoma.
Quem deve testar
Segundo o Dr. Fernando Pedrotti, no presente momento, todo e qualquer sintoma gripal, seja ele qual for, deve ser considerado como provável caso de COVID-19.
Na 10ª Semana Epidemiológica (7 a 13 de março), os sintomas mais frequentes são: tosse, seguida pela dor de cabeça e dor no corpo; dor de garganta, febre e coriza, no entanto só 28% dos casos apresentaram febre. Houve manifestação de diarreia e, em alguns casos, acompanhada de dor de cabeça e coriza.
